Na mobilização contra a dengue, Prefeitura e Secretaria de Saúde buscam unir forças com lideranças e entidades. O lançamento da campanha “Londrina unida contra a dengue” foi nesta quarta-feira (22), no auditório 'pinicão' do CCB da UEL. Na oportunidade, também foram divulgados os números com a situação atual da dengue na cidade. Em resumo, as autoridades estão preocupadas, pois o município pode entrar em epidemia a qualquer momento.
Apenas esse ano foram 1047 casos notificações, 64 confirmados e 885 ainda estão aguardando resultado. Há ainda há 2 mortes em investigação. O dados do levantamento rápido do índice de infestação também não são animadores, 7,7%.
A zona norte é a mais preocupante, com 9,11% dos focos. Na sequência vem a área central com 9%, leste com 7,53%; sul com 7,19% e oeste com 5,97%. Os bairros mais problemáticos são Jardim Nossa Aparecida, na zona norte, 33,33%, o Jockey Clube, na zona oeste, 30,43% e a Vila Yara, 30%.
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Segundo o Secretário de Saúde, o que mais chama a atenção é que 88% dos criadouros estão nas residências e 43% deles em vasos, pratinhos e bebedouros de animais.
Entre as ações programadas, ainda está a de eliminação manual dos criadouros com a busca ativa de casa em casa por parte dos agentes de endemias. Além disso, está programado um mutirão que deve atingir mais de 5 mil imóveis em bairros da zona leste, com alto índice de notificações ano passado.
Também há previsão de limpeza de fundos de vale e de pontos de descarte irregular de lixo, intensificação da fiscalização e notificação de terrenos particulares, equipe exclusiva para o disque dengue, equipe para mobilização social, monitoramento diário das áreas com maior infestação, capacitação e preparação da rede para possível epidemia, ampliação horário para realização dos exames laboratoriais, ampliação da UBS da Vila Ricardo até às 23h a partir do dia 23.
Mas o inseticida para combater o mosquito adulto continua em falta em todo o país. A promotora de Saúde, Suzana de Lacerda, esteve presente no lançamento da campanha. Ela afirmou que deve encaminhar os dados do Liraa para o Ministério Público Federal para que seja feito um pedido formal cobrando agilidade na entrega do inseticida.