O dia 28 de setembro de 2018 poderia ter sido uma sexta-feira comum, assim como tantas outras, mas tornou-se uma parte marcante da história de uma cidade, de um estado e de um país.
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Dentre tantas características e detalhes que envolvem o fato que chocou a todos, onde um aluno atirou em um colega no Colégio Estadual João Manuel Mondrone, existem diversas outras histórias que são dos personagens que fizeram deste dia uma lembrança triste, amargurada e que colocou em alerta toda uma população para assuntos sociais de extrema importância.
Humilhação, angustia, tristeza, vingança, e mais uma lista imensurável de sentimentos podem descrever tudo isso. A história vai, e o que fica são as marcas invisíveis, os medos que assombram diariamente, o pânico, e acima de tudo o arrependimento.
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Casos como este são citados mundo a fora como marcos históricos, e o daqui não é diferente, o tempo passou, e prestes a completar um ano do dia mais apavorante que as pessoas daquele local viveram, o engolir seco da angustia retorna, e relembra de cada minuto.
Há uma frase popular que diz que nem todo herói usa capa, e no dia 28 de setembro isso nunca fez tanto sentido.
A vida dos soldados Silvio Caetano, Anderson Felipe Parizotto dos Santos, Fernando Forgiarini e do Tenente André Felipe de Gois Santos, nunca mais foi a mesma. Imagine o instante em que cada um deles ouviu o chamado para atender a ocorrência, sem saber muitos detalhes, sem hesitar, enquanto todos corriam para longe do local, eles se direcionavam para o lugar do medo.
Com uma ação impecável e incrível, os policias militares se depararam com o caos, o desequilíbrio, as consequências da negligência, e a dor, física, mental, social, que acontecia ali, naquele momento, e tornaram aquela que poderia ter sido uma história muito mais sangrenta em um ato heroico, se encaminhando para a linha de frente, essa que era composta por um menino sem esperança, sem chão.
E com grande bravura, o maior enfrentamento de cada um desses nobres homens não era o menino, era a sensação de vingança que só a raiva e ódio causam em um ser humano, e não há treinamento no mundo que possa te preparar para uma situação como essa, a de saber que o "vilão" é alguém tão vulnerável e tão vítima quanto os outros, e então saber que se preciso dar a sua vida, para que todos possam ir para casa, sãos e salvos, o fará.
Dentre tantas versões, julgamentos, lições, muito se aprenderam com esse dia, mais compreensão, mais comprometimento, mais cuidado e mais amor, sempre mais amor. E o principal, mais admiração pelo trabalho de soldados heroicos que transformaram essa grande história em algo a ser usado como exemplo, de reconciliação, de perdão, de escolhas, e de cuidados com as nossas crianças e adolescentes.
Nesta sexta-feira (27), esses homens que também tiveram as suas vidas marcadas depois desse dia, receberão uma singela homenagem pelo brilhante trabalho realizado, na Prefeitura Municipal de Medianeira.