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Ibovespa fecha em leve alta, com reação positiva de NY ao Fed

11/12/19 às 19:00 - Escrito por Estadão Conteúdo
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O Ibovespa teve um dia modorrento, mantendo-se bem perto da estabilidade em boa parte da sessão, à espera de decisões de política monetária nos EUA e no Brasil - a do Copom foi conhecida logo após o fechamento desta quarta-feira, 11. O principal índice da B3 chegou a tocar a mínima do dia logo após o anúncio da decisão do Federal Reserve, quando o gráfico de pontos mostrou que quatro formuladores consideram que a taxa de juros dos EUA pode subir em 2020, para a faixa de 1,75% a 2,0%. A ampla maioria (13 de 17 integrantes), contudo, vê estabilidade ao longo do próximo ano na faixa atual, de 1,50% a 1,75%, conforme antecipavam os analistas. Nenhum formulador vê novos cortes antes de 2022.

No minuto seguinte ao comunicado do Fed, o Ibovespa tocava mínima, a 110.529,50 pontos, em leve baixa de 0,13%, para logo em seguida oscilar em direção à estabilidade. Na ausência de outros catalisadores e à espera do Copom, após dois dias de perdas moderadas o principal índice da B3 acabou por se firmar em alta, acompanhando os índices de Nova York durante a coletiva de Jerome Powell, para fechar a sessão com ganho de 0,26%, aos 110.963,87 pontos, tendo chegado a 111.226,71 pontos na máxima do dia, mais cedo. O giro financeiro foi de R$ 19,3 bilhões. Na semana, o Ibovespa tem perda de 0,15%, com ganho de 2,52% no mês e de 26,26% no ano.

O Fed manteve a projeção de crescimento do PIB dos EUA em 2,2% para 2019 e em 2,0% para o próximo ano, assim como para a inflação pelo índice PCE, respectivamente em 1,5% e 1,9%. Em entrevista coletiva após a decisão de política monetária, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse haver similaridades entre os anos 90 e o momento atual, no qual cortes de juros não sinalizaram fim do ciclo de expansão econômica. Apesar da conjuntura externa, marcada pela longa disputa comercial entre as duas maiores economias do globo, Powell avaliou que a perspectiva para a economia americana permanece positiva.

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"O sinal é de que não há mais cortes nos EUA e o próximo movimento por lá, quando houver, será de elevação, o que reforça a perspectiva de que após o aguardado corte da Selic de 5,0% para 4,5%, hoje, os juros por aqui tendem a permanecer nisso mesmo", diz José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator. Ele considera que, para "marcar posição", o Copom pode promover um corte adicional de 0,25 ponto porcentual, colocando a Selic a 4,25% em 2020. "Mas isso não muda substancialmente (o quadro para os juros)", acrescenta.

"A incerteza sobre o cenário exterior permanece no cálculo do Fed, mas o externo tende a ficar menos predominante à medida que se encaminhar uma solução" para a disputa EUA-China, observa o economista do Fator. "O recado me pareceu claro: não estão contando com novos cortes de juros por lá. E é preciso ver, amanhã, como o Banco Central Europeu reagirá a isso", diz Gonçalves, chamando atenção para as taxas de juros, ainda negativas, na zona do euro.

Copom

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, reduzir a Selic (a taxa básica da economia) de 5,00% para 4,50% ao ano. Este é o quarto corte da taxa no atual ciclo, após período de 16 meses de estabilidade. Com isso, a Selic está agora em um novo piso da série histórica do Copom, iniciada em junho de 1996.

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