O Núcleo de Francisco Beltrão do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, deflagrou na manhã desta terça-feira, 10 de setembro, a segunda fase da Operação Hígia, que apura a prática de crimes contra a administração pública do Município de Pato Branco. Foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Juízo Criminal da Comarca de Pato Branco, em residências e empresas, sendo apreendidos aparelhos de telefonia móvel, documentos e valores em espécie. Duas pessoas foram presas em flagrante por crime de posse ilegal de armas de fogo e munições.
São investigados na operação os crimes de concussão, corrupção ativa e passiva, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, além de crimes previstos na Lei de Licitações. Os investigados são funcionários públicos e empresários daquele município.
Denúncias – As investigações da primeira fase da operação – que teve início em 2017 na Polícia Civil – resultaram no oferecimento de quatro denúncias criminais, sendo a mais recente apresentada pelo Ministério Público do Paraná no último mês de agosto perante a Vara Criminal de Pato Branco (autos nº 0008221-82.2019.8.16.0131). Nesta, foram denunciadas quatro pessoas, sendo três ex-secretários municipais de Pato Branco e um servidor público, todos por envolvimento em crimes de peculato (desvio de verbas ou bens públicos). A apuração mostrou que, de 2014 a 2017, os denunciados, em conluio com empresários que possuíam contratos de fornecimento de materiais elétricos com o Município, participaram de um esquema criminoso caracterizado por emissões de notas fiscais falsas de produtos não entregues. O Município fazia o pagamento das notas frias, e parte do dinheiro era repassado para agentes públicos envolvidos. Somente em um dos casos investigados, os desvios ultrapassaram R$ 500 mil, sendo a maior parte desse valor entregue em espécie ao então secretário de Administração e Finanças.
Leia mais:
Com 6 mil mulheres contratadas, Paraná teve 3º melhor resultado do País em janeiro
Vence nesta semana terceira parcela do IPVA 2024 para veículos do Paraná
Novo projeto de lei cria programa de recompensas por informações sobre crimes
Estado propõe ampliar cargos na PM para atender novo batalhão em Sarandi
As empresas que foram alvo desta segunda fase da operação passaram a ser investigadas a partir da apuração da primeira etapa da operação, quando se identificou modo de agir semelhante ao do esquema criminoso denunciado.
Fonte: MPPR