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Porto de Paranaguá faz embarque pioneiro no Brasil

19/12/19 às 15:56 - Escrito por Redação Tarobá News
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O Porto de Paranaguá embarca nesta semana a primeira carga de DDGS, um coproduto do processamento do milho para a fabricação de etanol – o que sobra do grão. A operação será um teste para que o produto passe a entrar na rotina das exportações paranaenses a granel. Neste primeiro lote, 27,5 mil toneladas serão levadas à Inglaterra pelo navio Interlink Acuity.

“Ficamos animados quando a demanda surgiu e, mais ainda, quando esta operação foi confirmada. É uma oportunidade de ampliação de negócios não apenas para o porto e operadores, mas também para a indústria do Estado”, afirma o presidente da empresa pública Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

O navio que vai receber a carga chegou na segunda-feira (16) e está programado para atracar e iniciar o carregamento no berço 212, no Corredor de Exportação, no domingo (22).

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“O produto é novo. Nunca foi exportado pelo Porto de Paranaguá. Nessa operação, vai utilizar as nossas correias e a infraestrutura do Corredor de Exportação”, explica o diretor de Operações, Luiz Teixeira da Silva Junior.

De acordo com Teixeira, qualquer novo produto que se agrega às operações portuárias entusiasma toda a cadeia. “Principalmente quando se enxerga que este é um segmento que vai crescer ainda mais. O produto só vem a somar à capacidade do Corredor de Exportação, nos preparamos para essa demanda”, completa.

OPERAÇÃO – O lote já está completo e armazenado no terminal da Cimbessul, em Paranaguá. Segundo o coordenador de operações portuárias Ronaldo Zucarelli, 700 caminhões descarregaram o DDGS nos armazéns da empresa. O produto está segregado no armazém, como exigido pelo comprador.

O diretor executivo do terminal, Valmir Pedro Adamante, explica que a movimentação desse subproduto do milho é novidade para o setor. “É um desafio que a gente assumiu. Temos espaço sobrando, resolvemos encarar o processo e esperamos ter sucesso nesse embarque”, afirma. Ele acrescenta que esse será um primeiro teste, mas as perspectivas são boas diante do crescimento da produção que se vê no Brasil.

O diretor afirma que são vários os países que já demonstram interesse no produto, pois o DDGS já vai processado e pronto para o consumo. “Vai ser um negócio interessante, que vai competir com o mercado do farelo da soja e vai crescer muito”.

PRODUTOR – O produto embarcado pelo Porto de Paranaguá foi produzido em Sinop, no Mato Grosso, pela Inpasa Agroindustrial S.A. No Brasil, a empresa chega a processar 3,6 mil toneladas de milho por dia, produzindo 1,5 milhão de litros de etanol e mil toneladas de DDGS diariamente. Segundo o gerente comercial, Jeferson Santi, além da primeira exportação de DDGS da empresa pelo País, será a pioneira também no Brasil.

De acordo com a Inpasa, atualmente esse mercado é dominado pelos Estados Unidos, que chegam a exportar cerca de 40 milhões de toneladas de DDGS ao ano. A empresa destaca que o país já apresentou esse produto e mundo já conhece esse mercado. O Brasil ainda está descobrindo.

No Brasil, além da unidade de Sinop, a empresa deve abrir uma segunda em Nova Mutum, também no Mato Grosso, com inauguração prevista para o segundo semestre de 2020, agregando à produção mais 750 toneladas de DDGS por dia. O grupo tem outras duas unidades no Paraguai que já exportam pelo país vizinho.

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