Dezenas de pessoas fizeram neste domingo (10) um protesto contra as mortes ocorridas durante ações da Polícia Militar (PM) em Londrina. Com faixas e cartazes, familiares e amigos dos mortos se reuniram na avenida Saul Elkind e foram em passeata até a sede da 4ª Companhia Independente da PM na rodovia Carlos João Strass, onde bloquearam temporariamente a via.
O protesto foi organizado após a morte de Valber Messias da Silva, de 26 anos, conhecido como Valbinho, no dia 1º de novembro deste ano. Segundo a PM, ele estava armado e reagiu a uma abordagem no conjunto Maria Cecília. Uma arma de fogo foi apreendida.
Segundo o porta-voz da 4ª Companhia Independente, tenente Emerson Castro, Valbinho era um dos líderes de uma facção criminosa de São Paulo. De acordo com Castro, uma das evidências da ligação dele com o crime organizado é uma pichação feita após a morte de Valber, que traz o nome dele, junto com letras e símbolos que fazem alusão à facção.
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Segundo a PM, a pichação é evidência da ligação de Valber com o crime organizado (Foto: Polícia Militar)
Sonia Messias da Silva, uma das organizadoras do protesto e mãe de Valber, contradiz a versão da PM. Ela afirmou ao TarobáNews que seu filho não reagiu à abordagem, não possuía arma e nem ligação com facções criminosas.
"Ele teve passagens por tráfico, mas agora estava cuidando da família. Meu filho nunca foi de facção. A gente quer fazer justiça", afirmou Sonia.
A PM acompanhou o protesto, que terminou sem registro de confusão ou quebra-quebra. "Os manifestantes exerceram o direito à manifestação pacífica", afirmou Tenente Castro.