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Prefeitura de Ibiporã recebe denúncias de venda de terrenos em cemitério

04/10/19 às 12:32 - Escrito por Redação Tarobá News
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A Prefeitura de Ibiporã montou uma espécie de "balcão de reclamações" para receber as denúncias ou dúvidas de pessoas que acreditem terem sido lesadas pela venda irregular de terrenos no cemitério da cidade. A ação faz parte de uma sindicância aberta para apurar os fatos da Operação Necrópole, que desmantelou uma quadrilha que venderia jazigos na cidade. Ainda não se sabe há quanto tempo o esquema funcionava, mas ele contava a participação de servidores públicos, como o diretor do cemitério.

Segundo o diretor de patrimônio do município, João Carlos Cabrera, que está recebendo as denúncias, até agora 15 pessoas procuraram a administração.  Elas são encaminhadas pra fazer o protocolo na prefeitura e depois para fazer Boletim de Ocorrências na delegacia. Algumas pessoas relataram que pagaram quantias que chegaram a R$ 7 mil pelo jazigo.  “As pessoas pagavam em dinheiro e algumas pagavam até em transferência bancária. Um dos túmulos vendidos era de 1952”, conta.  

Como o local é público, os jazigos não poderiam ser vendidos, mas uma operação da Polícia Civil prendeu uma quadrilha com 13 pessoas suspeitas de praticarem o crime. O chefe do bando seria o diretor do local, Paulo Sérgio Rodrigues, que também foi detido. Ele foi exonerado pela prefeitura.

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O diretor de patrimônio do município informou ainda que entre as pessoas que relataram terem caído no golpe, várias citaram o nome da mesma mulher: Silvia Bressan. “Ao menos quatro casos teriam depositado para esta pessoa. Ainda não fizemos esse levantamento. Não a conhecemos e ainda não sabemos se ela tinha tantos túmulos assim aqui no cemitério”, relata Cabrera.

Investigações da Polícia Civil
Segundo o delegado que comanda as investigações, Thiago Vicentini, dos 13 presos, 8 já foram ouvidos. Os outros devem ser ouvidos ainda nesta sexta-feira (04). Além dos detidos, outras testemunhas também devem ser arroladas para depoimento. O numero de vitimas da quadrilha não para de crescer. Nesta quinta-feira (03) a suspeita era de 30 famílias, já nesta sexta-feira (04), o número pode chegar a 400. A polícia também continua análise do que foi apreendido durante as buscas, como computadores e celulares. As ossadas retiradas de locais irregulares também devem ser avaliadas, mas o processo deve ser feito num setor específico em laboratórios de Curitiba. Ainda não se sabe quanto tempo a emissão de laudos deve demorar.

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