Pesquisadores testaram um tratamento radical para o mal de Parkinson, em que um remédio é injetado diretamente no cérebro através de um pequeno dispositivo instalado na cabeça do paciente.
Pacientes que participaram do estudo foram divididos em dois grupos: um recebeu a droga efetivamente planejada pelos pesquisadores e outro, um tratamento simulado, ou placebo.
Ao fim do experimento, ambos os grupos apresentaram melhora dos sintomas. Assim, não ficou claro se o medicamento foi responsável pelos benefícios.
No entanto, exames de imagens detectaram evidências de melhorias nas áreas do cérebro afetadas entre aqueles que receberam a droga.
Os autores do estudo, divulgado nas publicações científicas Brain e Journal of Parkinson's Disease, dizem que isso indica a possibilidade de que células do cérebro danificadas pela doença podem ser "reativadas".
Outros especialistas, no entanto, dizem que é cedo demais para saber se essa descoberta pode efetivamente resultar em melhorias nos sintomas de Parkinson.
Mas os autores do estudo acreditam que o implante também pode ser eventualmente usado em quimioterapia para tumores cerebrais ou em testes de novos medicamentos para Alzheimer e AVC.
O Parkinson danifica progressivamente o cérebro, resultando em uma série de sintomas, como tremores involuntários e endurecimento dos músculos.
No Reino Unido, cerca de 145 mil pessoas foram diagnosticadas com esta doença degenerativa, que não pode ser desacelerada ou revertida. No Brasil, estima-se que o número de pessoas afetadas seja de 200 mil.