Comportamento

Escetamina é um novo remédio para tratamento de depressão


26/06/19 às 13:48 - Escrito por Redação Tarobá News

Novo remédio para tratamento de depressão se mostra mais eficaz que os tradicionais

Existem vários tipos de depressão e essa constatação faz crescer a busca por novos tipos de tratamentos, que consigam atender a todos estes graus da patologia. Um medicamento inovador vem ganhando os holofotes por oferecer tratamento aos portadores de um alto grau de depressão, ou aqueles que não estejam respondendo a outras medicações.

O medicamento foi desenvolvido pela Johnson & Johnson e teve sua aprovação pelo FDA (Food and Drug Administration, órgão que regulariza os produtos alimentícios e medicações) dos Estados Unidos. É desenvolvido a partir da escetamina, um analgésico que será aplicado em forma de spray nasal.

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Escetamina ainda não está liberado no Brasil

O fármaco, que está atualmente sendo analisado pela Anvisa e pode chegar ao Brasil no próximo ano. Ele chama sua atenção pela forma de atuação que difere dos antidepressivos comuns.

Enquanto os medicamentos tradicionais atuam diretamente na bioquímica cerebral, interferindo na dopamina, serotonina e noradrenalina, a escetamina atua no glutamato, sendo capaz de criar e fortalecer novas conexões entre neurônios, estimulando partes do cérebro que são ligadas às emoções.

O uso do medicamento será estritamente controlado, sendo prescrito somente para pacientes com depressão resistente, no qual o tratamento com antidepressivos tradicionais não estejam surtindo efeito, então a escetamina será administrada juntamente com estes medicamentos.

O remédio conta com rígido controle de prescrição e para aqueles que irão fazer uso, as aplicações serão realizadas duas vezes semanais e apenas em clínicas ou hospitais. Isso é preciso para que o paciente fique sob supervisão pelo profissional da saúde, por pelo menos duas horas.

A depressão e suas várias formas

Atualmente, no mundo, são mais de 320 milhões de pessoas que sofrem de depressão, sendo uma das doenças mais recorrentes, com um aumento de quase 15% na última década. Além disso, a depressão é o motivo de quase 40% das licenças médicas causadas por transtornos comportamentais ou mentais.

O atendimento, por um profissional especializado, ao paciente é fundamental, tanto para quem possui ou não um convênio médico. Atualmente, as operadoras oferecem plano de saúde para depressão, atendendo aos pacientes com especialistas, como psiquiatras e também exames complementares ao tratamento.

Essa não é uma doença que se manifesta igualmente, existem várias formas com diversos sintomas. Os principais tipos são:

Depressão Maior

É o tipo mais comum, com sintomas que envolvem tristeza, desânimo, culpa, alterações na concentração, sono, apetite e libido. Persiste por um período maior e pode ser dividida em três graus de acordo com sua gravidade: grave, moderado e leve. Porém, ambas possuem uma abordagem no tratamento, e mesmo se considerada leve é necessário atenção médica. O tratamento pode envolver antidepressivos, terapia e mudanças no estilo de vida do paciente, como adquirir o hábito de praticar exercícios físicos.

Sazonal

Esse tipo de depressão não é tão comum em países que possuem temperaturas mais altas, mas é uma realidade em locais como o Canadá, o norte dos Estados Unidos, Dinamarca e Noruega. No inverno há pouca luz solar e a baixa incidência de sol afeta as pessoas mais suscetíveis à depressão. O tratamento envolve terapia, medicamentos e uma vida saudável, mas também pode envolver fototerapia, em que o paciente fica deitado por determinado tempo em uma cabine com luzes, simulando a luz solar e beneficiando algumas partes do cérebro.

Distímica

Apresenta sintomas quase imperceptíveis, perdurando por vários anos, onde a pessoa aprende a viver com aquela melancolia. Mas, o quadro pode se agravar, provocando sérios danos à saúde mental e física.

Atípica

Leva este nome por apresentar sintomas diferentes das outras, muitas vezes sintomas inversos, como insônia em vez da sonolência excessiva, fome compulsiva em vez da perda de apetite.

Por: Andreia Silveira, do site PlanodeSaude.net.

Fonte: Saúde Abril.