O motorista da caminhonete que colidiu contra um motociclista na avenida Ayrton Senna, no dia 21 de outubro, e arrastou a motocicleta por alguns metros, foi indiciado por homicídio duplamente qualificado. O inquérito foi encaminhado ao ministério público, que decidirá se oferece ou não denúncia à justiça.
Segundo a Delegacia de Trânsito, não há dúvidas de que ele utilizou o veículo para atingir o fotógrafo e produtor cultural Wilton Mitsuo Miwa, de 51 anos, que morreu uma oito dias após o acidente.
“Com base nas provas produzidas no inquérito, acho que ficou cabalmente comprovada a intenção do motorista em causar o acidente, ou seja, causar o atropelamento que resultou na morte do motociclista. Então não é um acidente de trânsito, é um homicídio duplamente qualificado, primeiro por motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima. O motorista deliberadamente utilizou o veículo como instrumento para atingir o fim”, disse o delegado Edgard Soriani.
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Foram ouvidas dez testemunhas sobre o acontecido, uma delas teria presenciado a discussão entre o motorista da caminhonete e a vítima. “A principal testemunha dos fatos alega que estava um veículo atrás dos envolvidos e presenciou uma discussão, não sabe quais as palavras, mas houve uma discussão. Após isso, ambos arrancaram em alta velocidade, o indivíduo da caminhonete seguindo pela terceira via, o da motocicleta na primeira via, e ao ultrapassarem um carro entre ambos, o condutor da caminhonete deliberadamente atingiu a motocicleta, evadindo-se do local arrastando a moto por cem, duzentos metros”, explicou o delegado.
Pelos depoimentos e provas coletadas dentro da elaboração do inquérito, não foi possível comprovar a suposta embriaguez do motorista da caminhonete. “Os policias que atenderam no local não fizeram o laudo da constatação da embriaguez. Eles alegam odor etílico e, por isso, não poderiam afirmar se estava ou não embriagado, já que não fez o teste do bafômetro por ter sido encaminhado ao hospital”, disse o delegado.