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Cascavel ‘comemora’ um pontinho contra o Caxias

18/06/22 às 20:09 - Escrito por Luciano Neves
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Dadá Maravilha, que foi centroavante de Atlético-MG e Internacional, já dizia: “não existe gol feito. Feio é zero a zero!” Dadá sempre sentenciava sobre isso para valorizar os muitos gols que fazia. Detalhe: o centroavante foi um bom jogador, mas não chegou a ser brilhante, diferente de muitos outros. No entanto, a observação de Dadá tem todo o sentido. O bom é bola na rede. No entanto, existem placares de 0 a 0 que podem ser emocionantes. Outros são feios em demasia. Foi o caso do jogo do Cascavel contra o Caxias na tarde deste sábado (18), no Estádio Centenário, em Caxias do Sul, pela décima rodada da Série D do Campeonato Brasileiro. Os dois times empataram sem gols. Foi um empate tão feito, mas tão feio, que a melhor torcida era para que o jogo terminasse logo. O Cascavel não atacou o adversário, que não apresentou uma qualidade que fosse equivalente à tradição do time grená. O Caxias, por exemplo, teve Luiz Felipe Scolari como zagueiro. E foi campeão gaúcho, em 2000, com Tite, atual técnico da Seleção Brasileira, no comando. 



No segundo tempo, o Caxias pressionou o Cascavel. Encurralou o time de Tcheco dentro da área. O torcedor que teve paciência de acompanhar o jogo deve ter soltado um ‘ufa’ quando o árbitro assinalou o fim da partida. E o Cascavel teve motivos para comemorar o 0 a 0 feio. Conseguiu somar um pontinho fora de casa e se manteve na vice-liderança do Grupo A8 com 18 pontos, mesma pontuação do líder Azuriz, que ainda irá jogar na rodada. A proposta de Tcheco foi alcançada. Com o pontinho, o Cascavel ficou na frente do Caxias na tabela. Em termos de classificação para a segunda fase, a conta continua a mesma: somar 24 pontos para terminar a fase de grupos entre os quatro primeiros colocados. Ou seja, se vencer os dois jogos que terá em casa contra Aimoré, no próximo fim de semana, e Marcílio Dias, na penúltima rodada, o Cascavel garante a vaga. Outro motivo que o Cascavel tem para comemorar é a manutenção da hegemonia diante dos gaúchos. O Cascavel nunca perdeu para adversários do Rio Grande do Sul em jogos oficiais. Agora, são dez jogos pela Série D com seis vitórias e quatro empates.


Mas o jogo feio, com o placar em 0 a 0, com zero em criatividade e zero em ousadia, deixa uma certeza: o Cascavel terá que jogar mais para somar esses seis pontos para seguir para a próxima fase. E terá que melhorar muito se quiser manter vivo o sonho de conquistar o acesso à Série C. O desempenho atual é inferior ao da Série D de 2021, quando o Cascavel caiu na segunda fase. Mas, neste momento, a comparação com a temporada anterior nem é válida. O que vale é comparar o momento atual com o momento vivido dentro desta mesma edição da Série D. Há pouco mais de um mês, no dia 14 de maio, o Cascavel derrotou o Caxias por 2 a 0, no Estádio Olímpico, pelo primeiro turno. E fez um dos melhores jogos da temporada. No entanto, no segundo encontro com o Caxias, o Cascavel fez um dos piores jogos do ano. Não perdeu, empatou em 0 a 0. Tem motivos para comemorar? Tem. Somou um pontinho na tabela. Mas tem muitos motivos para se preocupar. Ou pelo menos, que o 0 a 0, feio e modorrento, sirva para que a comissão técnica possa reavaliar alguns conceitos na equipe. No mata-mata, placares apertados podem não ser suficientes para que o time possa avançar. Aqui sim, vale a experiência das participações anteriores na Série D. Em 2020, conseguiu um placar magro, 1 a 0, no jogo de ida em casa contra o Novorizontino. Na volta, foi eliminado. Já no ano passado, empatou em 0 a 0 com o Cianorte como visitante. E depois foi eliminado dentro do Olímpico.

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