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A arte imita a vida: o autismo virou série da Netflix

18/08/17 às 19:29 - Escrito por Marcele Antonio
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Eu sou fã das produções que falam de situações reais. Não que eu descarte completamente os filmes e séries de ficção, mas acho que existem tantos temas que precisam ser abordados, que é um desperdício ficar mirabolando histórias viajadas, enquanto existem mil e um relatos da ‘real life’ precisando de visibilidade e entendimento.

Por isso, tenho adorado essa leva de filmes e séries da Netflix com uma pegada bem “tapa na cara da sociedade” . “13 reasons why” causou ao falar sobre suicídio, “Cara gente branca” abordou o racismo e o machismo, o filme “O mínimo para viver” fala sobre os transtornos alimentares e agora o mais recente lançamento, a série “Atypical” tem seu enredo embasado na família de um adolescente autista.

É um chacoalhão. Um alerta. Um jeito de dizer: entendam sobre esses assuntos, discutam sobre eles. É uma forma de aproximar temas que ainda possuem um certo tabu de um público que precisa de um estímulo para se livrar de preconceitos.

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Apertei o play em “Atypical” e quero falar sobre isso com vocês. A história de Sam, de 18 anos, nos mostra quais são os dilemas do cotidiano de um jovem com autismo..

Se já é difícil passar por essa fase normalmente, imagina para quem tem dificuldade de interação e comunicação. A série vai mostrando essas barreiras cotidianas e, ao mesmo tempo, vai fazendo a gente se apaixonar pelo jeito engraçado do garoto e pela incrível habilidade com algumas coisas específicas. E aborda a relação de Sam com os pais, a irmã, os colegas e a terapeuta com informação aliada a bom humor.


Isso me fez lembrar das reportagens que já fiz sobre autismo. Do receio que tive para abordar os personagens que possuem o transtorno e das descobertas conhecendo mais de perto o assunto.

Esta reportagem foi exibida pelo programa Primeira Hora, em 2015, e fala sobre um método que a Apae usa para o desenvolvimento das pessoas que possuem o espectro:


Nessa e em outras reportagens que tive oportunidade de falar sobre autismo, conheci personagens incríveis. Por exemplo, lembro bem do Lucas, um estudante do ensino médio que apesar de algumas dificuldades de socialização, se destacava com um vozeirão e tanto na rádio do colégio. Também não me esqueço do Wesley, que também era bem introvertido, mas detonava quando o assunto era informática.

Em “Atypal” isso fica bem claro. Na cabeça de Sam, com todo seu conhecimento por pinguis e seus fones de ouvido sempre a postos, há um vasto universo particular muito interessante para quem tem olhos e coração apurados.

Como é bom ver que o entretenimento pode ir além, abordando não só o que a gente QUER ver, mas sim o que a PRECISA ver!

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