2020 foi um ano muito atípico. Tivemos uma situação nova que causou um grande pânico global pós carnaval. O coronavírus é uma pandemia que estamos aprendendo a lidar com as situações que ela nos impõe e com os investimentos não foi e não está sendo diferente.
A grande questão aqui é a seguinte. Você como investidor, como lidou com esta situação? É claro que uma situação como esta causa muito pânico. E em situações de pânico, somos levados a tomar decisões precipitadas e muitas vezes equivocadas. Neste artigo não vou entrar no mérito politico da questão, tão menos sobre a gravidade e da dor de familiares que perderam antes queridos, mas sim das estratégias e das oportunidades de investimentos que tivemos neste período.
É fácil falar das coisas depois que acontecem. As crises podem dar sinal, mas quando vem, vem de uma vez e as vezes não temos tempo de fazer nada. Porem um ponto importante, é, definir o que fazer quando e durante uma crise, pois esta não foi a primeira e nem será a última.
O importante sempre é ter uma carteira diversificada e protegida, sem concentrações para que quando o mercado sacudir, não tenhamos que tomar uma decisão forçada no pior momento.
No final de março ainda não tínhamos noção da dimensão da crise, porem uma coisa nós sabíamos com certeza, muitos ativos tinham caído muito forte e por mais que não tínhamos uma dimensão ainda certo da crise, as ações no Brasil caíram mais que o fundamento justificável. Imagine que você poderia ter comprado Renner a R$ 29,00? - Preço é o que você paga. Valor é o que você ganha - Warren Buffett.
Por mais que as coisas estavam incertas, uma coisa temos que concordar. O mundo não acabou. As pessoas continuariam precisando comer, viajar, se vestir, trabalhar e as empresas teriam que se adaptar nesse momento.
Neste momento foi gerado um mar de oportunidades principalmente para os investidores mais orientados e investidores com potencial de novos aportes. Surgiram grandes oportunidades de compra de ativos de renda variável (ações e fundos imobiliários), em ouro e dólar como proteção e em ativos de renda fixa que estavam com taxas descorrelacionadas e altas.
As proteções e o equilíbrio de portifólio você tem que fazer antes das crises, pois as crises são imprevisíveis. Elas aparecem quando as pessoas menos esperam. Você contrata seu seguro do carro antes de esperar pelo sinistro.
Então, para finalizar, as estratégias vencedoras do ano partiram dos seguintes racionais: Portifólio diversificado, proteção na carteira, liquidez para novos aportes, e por fim, o principal. Paciência e resiliência. No mercado o dinheiro apenas troca de mãos. Buffett costuma dizer que “alguém só está sentado na sombra hoje porque um outro alguém plantou uma árvore há muito tempo”.