A CMTU – Companhia Municipal de trânsito e Urbanização foi notificada esta semana pelo Tribunal de Contas do Paraná a apresentar informações no processo que suspendeu a contratação de empresas para fazer o monitoramento eletrônico do trânsito por meio de radares fixos e câmeras.
O TCE acolheu liminarmente o pedido de um advogado de Londrina que apontou suspeita de irregularidades no certame. O pregão foi suspenso no primeiro semestre sob argumento de direcionamento e a decisão foi publicada em julho.
O contrato entre a CMTU e a empresa que fornecia os equipamentos venceu e a companhia ficou impedida de concluir a licitação para nova aquisição. O relator do processo é o conselheiro Artagão de Mattos Leão.
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Em entrevista ao programa Jogo Aberto da Tv Tarobá, o presidente da CMTU Marcelo Cortez afirmou que o trânsito está mais violento em Londrina e que acidentes estão aumentando por falta de fiscalização eletrônica. Como o caso foi amplamente divulgado, muitos motoristas não respeitam a sinalização e sabem que não serão multados pela inexistência dos equipamentos.
Cortez ressaltou, no entanto, que a fiscalização feita pelos agentes foi intensificada com apoio da guarda municipal, companhia de trânsito da polícia militar. A preocupação é com a virada do ano e final de semana quando historicamente aumenta o número de acidentes de trânsito.
Segundo ele, o novo modelo que a companhia pretende adotar não se resume a fiscalização por radares. A ideia é implantar um sistema de câmeras de monitoramento que possibilitaria executar a gestão dos tempos dos semáforos, por exemplo em tempo real.
Como os órgãos públicos estão em recesso, o TCE só deve analisar a defesa da CMTU em 2021, sem data definida. A CMTU pretende instalar 64 radares pela cidade mais o sistema de monitoramento.