Em Câmara de Espelhos, a diretora Dea Ferraz pretende estudar as diferentes atitudes dos homens em relação às mulheres. Colocados em uma sala, os participantes são convidados a debater, estimulados por vídeos que passam numa tela de TV. São tópicos variados como a traição, o mercado de trabalho, mulheres que alcançaram o poder, sexualidade, posse, filhos, etc. Há uma evidente tipologia entre os participantes, num arco que vai do arquiconservador, passando por posições moderadas e atingindo as mais liberais.
Os resultados são mais do que conhecidos e esperados. Vivemos em uma sociedade machista e os homens, ainda que tentem disfarçar, consideram-se proprietários das mulheres e, em muitas situações, superiores a elas. Esse preconceitos, explícitos nos machões, encontram-se enrustidos e camuflados em posições mais liberais. Este último ponto é o mais estimulante.
Ainda assim, o filme não consegue evitar o tédio do dispositivo adotado nem a previsibilidade geral das conclusões a que conduz os espectador.
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Câmara de Espelhos
(Brasil/2016, 79 min.)
Dir. Dea Ferraz
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.