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Um fórum para discutir leis de incentivo

30/11/18 às 07:50 - Escrito por Estadão Conteúdo
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Preocupado com a constante falta de informação revelada por futuros membros do governo federal em relação às leis de incentivo (especialmente a Rouanet) e também por diversas pessoas da sociedade, um grupo de artistas pretende realizar um fórum aberto à população, que sirva como um caminho para a troca de informações. O encontro está previsto para acontecer no Rio de Janeiro, em março.

"Queremos trazer a sociedade para entender e questionar", comenta Renata Borges Pimenta, produtora da Touché Entretenimento, que está à frente da empreitada ao lado da Associação de Teatro Musical. Ou seja, nomes representativos do setor estarão presentes como a atriz Alessandra Maestrini, o ator e diretor Tadeu Aguiar, o dramaturgo Eduardo Bakr, o produtor Marllos Silva, e o empresário Carlos Konrath, entre outros. "Queremos discutir as leis de incentivo ao lado de pessoas ligadas à cultura em um debate que una empresas, produtores, atores, e representantes do governo. Desse primeiro encontro, vamos redigir um documento que será encaminhado à pasta do novo governo", conta Renata, que revela que o grupo já iniciou contatos com a equipe de transição do presidente eleito, Jair Bolsonaro.

Entre as diversas informações, os artistas pretendem mostrar como a cultura apresenta quase R$ 2 bilhões (ou 0,68%) de toda a renúncia fiscal do Brasil, mas promove um resultado expressivo, pois a cada R$ 1 captado pela lei de incentivo, há um retorno em torno de R$ 4 em impostos. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas sobre a mais recente edição da Festa Literária Internacional de Paraty, por exemplo, mostra que os impostos recolhidos pelo governo durante o governo totalizaram R$ 4,7 milhões, valor superior aos R$ 3 milhões que os organizadores conseguiram via isenção fiscal pela Rouanet. "Queremos mostrar números como esse promovidos pela sociedade criativa", comenta Renata, cuja produtora pretende continuar investindo em grandes musicais.

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Com títulos portentosos no currículo (como Cinderella e Peter Pan), ela adiantou ao Estado uma série de produções que já tem engatilhada (veja no quadro ao lado). O mais retumbante é Bob Esponja, inspirado no personagem criado por Stephen Hillenburg, que morreu na terça-feira, aos 57 anos. Trata-se de um espetáculo colorido, exuberante e será protagonizado por Mateus Ribeiro, ator que ganhou vários prêmios neste ano por sua atuação como Peter Pan. "Logo que assisti ao original, na Broadway, pensei no Mateus e sua incrível vivacidade", explica a produtora, que pretende estrear o musical em 2021, em São Paulo.

Por falar em Peter Pan, o espetáculo cumprirá temporada no teatro da Cidade das Artes, no Rio, nos meses de junho e julho, período em que a produtora manterá um acordo com a Secretaria Municipal de Cultura da cidade a fim de capacitar cinco jovens que atuarão como estagiários remunerados durante as apresentações. A coordenação será de Eduardo Nascimento, que também trabalha em um passaporte cultural que vai permitir acesso mais fácil aos teatros.

A montagem carioca de Peter Pan, aliás, terá modificações no elenco: Mohamed Harfouch será o Capitão Gancho (aqui vivido por Daniel Boaventura) e Tadeu Aguiar, Smee, que foi brilhantemente interpretado em São Paulo por Pedro Navarro.

Ainda sobre parcerias, Renata Pimenta acertou outra, com o ator e produtor Leandro Luna, que criou e participou do musical Meu Amigo, Charlie Brown e que, junto com a produtora, vai realizar O Natal do Charlie Brown. "Nossa ideia é que esse espetáculo fique em cartaz em todo mês de dezembro a partir do próximo ano", conta Renata.

Em sua garimpagem por títulos que fizeram sucesso na Broadway, Renata arrematou os direitos de dois curiosos - um deles é 42nd Street, sobre um diretor que luta para montar um musical extravagante no auge da Grande Depressão americana (anos 1930).

"Para mim, é o mais completo em termos de técnica, além de ostentar quase 60 atores no palco." O outro é Something Rotten, que terá a direção de José Possi Neto. "Ele tem o necessário discurso crítico sobre a arte", acredita Renata, sobre comédia envolvendo dois irmãos que, em 1595, lutam pelo sucesso contra um certo Shakespeare. "É um musical que critica o próprio formato."

Finalmente, haverá a versão de Charles Möeller e Claudio Botelho para Carousel, com Malu Rodrigues como protagonista, e American Idiot, sob a direção de Mauro Mendonça Filho.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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