De repente do riso fez-se o pranto
De repente, não mais que de repente
Fez-se do amigo próximo o distante
Leia mais:
Forças de segurança antecipam Dia das Crianças com diversão e presentes
2º Encontro de Colecionadores de Veículos em Miniatura no Mercadão da Prochet
Confira os eventos culturais neste mês em Cascavel
O tradicional "Domingão no Calçadão" está suspenso por tempo indeterminado em Cascavel
Fez-se da vida uma aventura errante
Vinícius de Moraes escreveu o soneto da separação em 1938, em uma embarcação indo pra Inglaterra. A interpretação das poesias, das canções, dos livros, depende do momento que cada leitor está vivendo, depende das experiências adquiridas. É, e como interpretar o que vivemos hoje? Somos imperfeitos. Cada um com uma opinião tão própria e cheia de si, que será possível chegar em concenso?!
Talvez, pela primeira vez seja possível que sim.
Talvez pela primeira vez foi possível parar o mundo.
Pela primeira vez, mesmo os que parecem enxergar apenas o próprio reflexo no espelho, tiveram que trocar as lentes. Tiveram que admitir que tudo está embaçado, e que é preciso fazer uma limpeza geral. Uma limpeza de alma.
Pela primeira vez a pauta principal deixou de ser as grandes brigas econômicas. E passou a ser o sofrimento vivido por pessoas lá do outro lado do oceano, que foi aos poucos se tornando o nosso próprio sofrimento.
A pauta virou uma busca mundial e incansável por uma cura. Por uma cura pra humanidade.
Nós, tão acostumados a julgar os outros povos, que são menos "calorosos" ou que cobrem seus rostos, hoje cobrimos o nosso. Hoje, não podemos tocar em quem amamos. E veja que ironia do destino: essa hoje é a maior prova de amor.
Pela primeira vez entendemos a dor de ver fronteiras fechadas, nós - que tanto achávamos ser auto suficientes. Nós que tantas vezes desejamos separar, só hoje vemos a importância de unir.
Nós, que estamos aprendendo a dar valor ao outro, que possamos com essa vivência interpretar a lição do futuro.
Tomara!
Que a gente possa, assim como Vinícius transformar a angústia em amor...
Tomara
Que você volte depressa
Que você não se despeça
Nunca mais do meu carinho
E chore, se arrependa
E pense muito
Que é melhor se sofrer junto
Que viver feliz sozinho
Giulianne Kuiava e Vagner Krazt