Apenas três times na história conseguiram vencer a Libertadores da América de futsal mais de uma vez. Os multicampeões Carlos Barbosa e Jaraguá, que são donos de seis taças, e agora o Cascavel Futsal, que se tornou bicampeão. É torcedor da Serpente Tricolor! O Cascavel Futsal, que você sempre se orgulha de cantar que é “o maior do Paraná”, é também o maior da América. Não tenha dúvidas que este segundo título representa muito para o elenco que foi para a Venezuela. Da mesma forma que conquistar a América representaria muito para o Joinville. Cassiano Klein, que conduziu o Cascavel Futsal ao primeiro título da competição continental no ano passado, na Argentina, queria muito o seu bicampeonato. Mas Klein hoje faz parte do passado do Cascavel Futsal. Claro que construiu uma história que merece ser reconhecida. Mas hoje, o momento é de Lucas Chioro, que assumiu um time com o peso de suceder a dinastia vitoriosa de Klein. Por vezes foi alvo de contestações, mas hoje, ele também grava o seu nome na história do clube, conquistando a sua primeira Libertadores e conduzindo o Cascavel Futsal ao bicampeonato.

O peso para o elenco que foi para a Venezuela foi tamanho que o Cascavel Futsal desembarcou em Caracas não como favorito. O favoritismo era do Joinville, pelo que vinha fazendo na temporada.

Lá em Caracas, o Cascavel Futsal passou por perrengues. Por exemplo, a apendicite do goleiro Fernando, que o tirou dos jogos decisivos. O problema foi tamanho que a equipe de Chioro jogou a fase de quartas de final apenas com um jogador para esta posição. Obina foi requisitado às pressas e desembarcou na Venezuela na véspera da semifinal. Mas, por sorte, Obina nem precisou ser requisitado nas partidas, já que Matheus deu conta do recado, principalmente na decisão deste domingo (28).

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O fato é que o Cascavel Futsal foi construindo uma campanha sólida. Estreou com vitória sobre o Tigres da Venezuela por 3 a 1. Teve um ligeiro tropeço diante do Panta Walon na segunda partida: empate em 2 a 2. Mas selou a vaga como primeiro de sua chave com goleada sobre o Cerro Porteño do Paraguai por 5 a 1. Ao passo que o ‘todo-poderoso’ Joinville expôs algumas fragilidades em sua trajetória. Teve que correr atrás do prejuízo diante do Barracas Central da Argentina, empate em 2 a 2 que colocou o time de Cassiano em primeiro lugar no Grupo B, evitou um encontro brasileiro nas semifinais e projetou a final brasileira desta Libertadores.