Quem utiliza a estrada entre Primeiro de Maio e Alvorada do Sul tem medo. A pista simples, os buracos no asfalto e a ausência de acostamento, colocam em risco a vida de motoristas e passageiros. Moradores da região cobram providências e montaram até um dossiê sobre as condições da PR-437.
Um caminho perigoso. Estrada que parece esquecida pelos governantes. Rodamos pela PR-437 entre Primeiro de Maio e Alvorada do Sul. Uma viagem cheia de buracos, remendos no asfalto e sinalização precária. As caixas para evitar a erosão nas propriedades rurais estão bem ao lado da pista. Problema para quem dirige principalmente a noite.
Nós estamos andando pela rodovia pra fazer a reportagem e como a pista é simples e falta acostamento e dá bastante insegurança. O jeito é ir devagar. O José Oscar mora em Primeiro de Maio e trabalha em Alvorada do Sul. Ele conta no vídeo como é fazer esse trecho de quase 30 km todos os dias. Ele e o professor Gustavo Moraes fizeram um dossiê da estrada, com fotos, informações e levaram a vários órgãos. Do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) ao Ministério Público (MP). Há mais de 4 anos os dois buscam uma solução.
Leia mais:
Mato alto atrapalha visibilidade de motoristas na marginal da PR-445 em Cambé
Donos não conseguem regularizar chácaras e podem receber multas milionárias
Motorista que fugiu após acidente na Estrada da Perobinha presta depoimento
Cerca de 900 famílias cadastradas recebem cartão Comida Boa em Londrina
E com a estrada nessas condições o risco de acidentes é alto. E o medo é que mais vidas sejam interrompidas aqui. Neste ano a morte de um homem muito conhecido em Primeiro de Maio gerou revolta. Em abril Pierre Baldo de 37 anos teria se acidentado ao passar em um dos buracos. Ele morreu no local. Um manifesto responsabilizava o DER. Foram tantas respostas vazias que o Gustavo não sabe mais a quem recorrer.
O DER enviou uma nota informando que a PR-437, entre Primeiro de Maio e Alvorada do Sul, será contemplada no lote 7 do programa de conservação de pavimentos. Estão previstos remendos superficiais e profundos, melhorias no sistema de drenagem e sinalização. Como a empresa contratada ainda não deu início ao serviço, já foi notificada pelo DER.
Reportagem Heloisa Pedrosa