Brasil

Lavagem de Nosso Senhor do Bonfim volta após 2 anos de pandemia

12 jan 2023 às 09:35

Nesta quinta-feira, a maior festa popular religiosa de Salvador vai ganhar as ruas da capital baiana: é a tradicional Lavagem de Nosso Senhor do Bonfim.


 A maior festa popular religiosa de Salvador ganha novamente as ruas, após dois anos sem os festejos, devido à pandemia de covid-19.


Os ritos católicos da Festa de Nosso Senhor do Bonfim começaram dia 5 de janeiro. Um dos pontos altos destes dias de celebração será nesta quinta-feira, quando acontece o ato de lavagem das escadarias do Santuário da Igreja, ritual que recebeu em 2013 o título de Patrimônio Imaterial Nacional do Brasil, pelo Iphan, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.


A partir das 7 da manhã, baianos, peregrinos e turistas realizam a Caminhada “Lavagem de Corpo e Alma” da Basílica Santuário Nossa Senhora da Conceição da Praia até a Colina Sagrada, onde fica a Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, um percurso de aproximadamente 8 km. Durante o cortejo, milhares de fiéis se vestem de branco, a cor de Oxalá, o deus Yoruba sincretizado com Senhor do Bonfim. Eles acompanham as centenas de baianas que carregam a água de cheiro e vassouras para lavar as escadarias, guiadas pelo ritmo do tradicional grupo Filhos de Gandhi, que também participa do cortejo.


Ao final da Caminhada, o padre Edson Menezes da Silva, reitor da basílica, fará um momento de oração, apresentando a imagem do Senhor do Bonfim. Depois é realizado o ato de lavagem do pátio e escadarias da Igreja, um dos maiores símbolos do sincretismo religioso brasileiro, que une católicos e religiões de matriz afro-brasileira. 


As festividades prosseguem até o próximo domingo. No canal do Santuário no youtube é possível acompanhar vários momentos ao vivo das celebrações. O endereço é youtube.com/senhordobonfimsalvador.


Uma curiosidade: oficialmente, as tradicionais fitinhas do Senhor do Bonfim devem ter exatamente o mesmo comprimento do braço da imagem que está dentro da Igreja. Acredita-se que ao amarrá-la no pulso, a pessoa deve fazer três pedidos que serão realizados quando a fitinha cair.

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