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Líderes de partidos falam em recuo nos cortes na Educação, mas governo nega

14/05/19 às 23:58 - Escrito por Estadão Conteúdo
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BRASÍLIA - Deputados que haviam se reunido com o presidente Jair Bolsonaro na tarde de desta terça-feira, 14, disseram após o encontro que o governo iria rever o bloqueio de recursos no orçamento da Educação. Líderes de quatro legendas, entre eles do partido do próprio presidente, disseram que Bolsonaro telefonou para o ministro da Educação, Abraham Weintraub, e determinou que novos cortes deixem de ser feitos.

A informação foi dada pelos líderes do PSL, Delegado Waldir (GO), do Novo, Marcel Van Hattem (RS), do Podemos, José Nelto (GO), e do Cidadania, Daniel Coelho (PE). “O presidente falou que não haverá contingenciamento na pasta da Educação”, disse Diego Garcia (Pode-PR), que participou da reunião. Estavam presentes ainda parlamentares de PV, PSC e Patriotas. A reunião ocorreu às 18h, logo após a Câmara aprovar a convocação de Weintraub.

Após deputados narrarem a ordem de recuo no MEC, a Casa Civil desmentiu em nota: “Não procede a informação de que haverá cancelamento do contingenciamento no MEC. O governo está controlando as contas públicas de maneira responsável”.

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O MEC afirmou que a ligação entre o presidente e o ministro nem sequer existiu. Após a confusão, Weintraub dirigiu-se ao Planalto para falar com o presidente. Segundo o MEC, Bolsonaro disse a ele que o bloqueio será mantido. O Ministério da Economia disse em nota que a Presidência não pediu revisão no contingenciamento.

O Estado procurou novamente os líderes. Van Hattem se disse “surpreso” com o desmentido. Garcia também reafirmou ter visto o telefonema. O porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, enviou o seguinte esclarecimento: “O presidente disse que, se dependesse dele, não haveria corte em nenhum ministério. Contudo, afirmou sermos escravos da lei de responsabilidade fiscal”.

‘Se boato ocorreu, é do governo’, diz deputado sobre recuo em cortes no MEC
Deputados se incomodaram com a fala da líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), que creditou a um “boato barato” a informação de que Bolsonaro mandara o Ministério da Educação cancelar o corte de verbas.

O líder do PROS, Capitão Wagner (CE), disse que o 'boato barato' é do governo. Um dos presentes à reunião com Bolsonaro, Wagner se disse surpreso e afirmou que foi chamado para discutir o contingenciamento no MEC e a MP 870, que reestrutura a Esplanada dos Ministérios.

“Se boato ocorreu e se o boato é barato, o boato é do governo. Não vou admitir, sendo aliado do governo, ser chamado lá no Palácio do Planalto para tratar uma questão séria como essa, presenciar o presidente da República pegar um celular, ligar par ao ministro na presença de vários líderes partidários e, com todas as letras, o presidente disse ‘a partir de agora o corte está suspenso’. Se o governo não sustenta o que o presidente falou na frente de 12 líderes parlamentares, não sou que vou estar por mentiroso perante a nação”, afirmou Wagner, revoltado, na tribuna da Câmara.

“Como estava o líder do governo na Câmara, o líder do partido do presidente e vem a líder do governo no Congresso e diz que é boato? De quem é o boato? Quem criou o boato foi o governo, que voltou atrás e voltou atrás de novo. Recuou duas vezes. Não admito ser chamado de mentiroso. Espero que amanhã os deputados que estavam na reunião possam indagar o ministro da Educação se ele recebeu ligação do presidente. Porque ou ministro está mentindo ou o presidente não ligou para ele. Será que o presidente forjou a ligação na nossa frente? Tenho certeza que não. Então, que o governo possa se pronunciar e ter peito para dizer ‘estou cortando mesmo e pronto’.”

Wagner disse que deseja ajudar o governo, mas que as confusões entre apoiadores de Bolsonaro levarão a uma crise de falta de comando no País.  “O governo está demostrando mais uma vez que está batendo cabeça. Estão batendo cabeça o PSL, a família do presidente e esse guru lá dos Estados Unidos que fica atrapalhando. Ou o presidente assume a liderança dessa nação ou de fato vamos ter um problema grave de fata de condução desse País.” /COLABOROU FELIPE FRAZÃO

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