Cidade

Após 75 dias polícia conclui inquérito da morte de Edna Storari

10 dez 2021 às 10:06

O delegado Rodrigo Baptista Santos falou com a imprensa na manhã desta sexta-feira (10), sobre o desaparecimento e morte da empresária de Marechal Cândido Rondon, Edna Storari (56). 

Foram 75 dias de investigação e 82 dias do desaparecimento da empresária, visto que o sumiço dela só foi informado para a polícia uma semana após supostamente ela ter sido morta. Essa demora conforme o delegado acabou prejudicando o levantamento de algumas provas. 

Segundo o que foi dito na coletiva, um dia antes da morte de Edna, em 19 de setembro ela teve um encontro com uma amiga e contou que teve uma briga por motivos banais com o marido e também teria relatado que pretendia se separar. 

No dia 20, ela fez um último contato com a amiga bem cedo e desde então não foi mais vista. No mesmo dia as investigações conseguiram apurar que no telefone do suspeito, ele trocou mensagens com o filho, dizendo que quando ele chegasse em casa faria o que havia combinado.

No dia 21 quando ela já estaria morta, mensagens foram enviadas pelo celular de Edna para as filhas dela, mas os erros de grafia cometidos levantaram a suspeita que não era a empresária que escrevia. Neste mesmo dia o marido de Edna enviou outra mensagem para o filho, informando que ao chegar em casa colocaria o 'negócio' na Van. A polícia suspeita que seria o corpo da rondonense. 

Depois outras atitudes do marido de Edna confirmaram a suspeita da polícia de que ele tinha envolvimento no crime: ele apagou todos os arquivos do celular dela alegando que ela havia viajado para o Paraguai em uma missão e teria pedido que ele fizesse isso; ele também teria tentado pedir que vizinhos deletassem imagens de câmeras de segurança. 

A Polícia Civil espera pelo resultado de um exame enviado à Curitiba, para saber se uma substância identificada pelo luminol dentro de uma Van que teria sido usada para transportar o corpo de Edna, realmente se trata de sangue. "O luminol pode detectar outras substâncias além de sangue, por isso é preciso esperar um laudo mais apurado para ter certeza,'' explicou o delegado.

Rodrigo Baptista explicou que o companheiro de Edna e o filho dele devem ser indiciados pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver, já a filha do marido de Edna e o genro dele devem responder por participação intelectual para ocultação de provas.

Em relação ao paradeiro do corpo, a polícia não conseguiu apurar com base o que realmente teria acontecido. "Foram levantadas várias hipóteses que circularam pela cidade, mas nenhuma delas foi confirmada" disse Rodrigo.

O delegado explicou que o inquérito está concluído, mas as investigações para tentar localizar o paradeiro do corpo irão continuar. 

Edna mantinha a união estável com o suspeito há oito anos. E segundo apontaram as investigações, havia conflitos de relacionamento entre ela e os enteados.

Os suspeitos do crime permanecem presos.

Continue lendo

© Copyright 2023 Grupo Tarobá