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Atendimento a saúde mental de menores usuários de drogas e álcool é tema de debate

16 abr 2021 às 16:21

O Centro Cultural Ondy Hélio Niederauer foi palco na manhã desta sexta-feira (14) do “Seminário de Atenção Psicossocial de Crianças e Adolescentes Usuários de Álcool e Outras Drogas e suas Famílias Atendidos nos serviços de Caps-i, Caps-AD e Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Cense, Semiliberdade e Liberdade Assistida)”. O evento foi destinado às equipes destes órgãos, responsáveis pelo atendimento direto ou indireto a este público.

 O conteúdo foi ministrado pela diretora de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde, Leila Machado, e pela referência técnica em Saúde Mental da 20ª Regional de Saúde, Simone Longo. “Essa capacitação foi pensada dentro de um projeto que fará as crianças atendidas pelo Caps-AD passarem a ser atendidas pelo Caps-i. Por isso, reunimos aqui profissionais dos três principais serviços públicos que lidam com crianças e adolescentes com uso de substâncias químicas para uma capacitação para alinhar os conhecimentos e também para dar suporte a este processo de transição”, explica Leila. “A preocupação maior do Governo do Paraná em relação a esta área é com a qualidade do serviço. Sem estabelecer um prazo, sempre orientamos para que tal mudança fosse feita com cautela, de forma que, quando o público infanto-juvenil chegasse ao novo local, ele realmente encontrasse uma equipe preparada para atendê-lo. Por isso, é preciso ter um olhar integral sobre a questão, entender que as pessoas deste grupo não deixam de ser crianças e adolescentes porque usam álcool ou drogas”, pondera Simone.

 De acordo com a coordenadora do Caps-i, Paula Daniela Lopes, essa mudança na dinâmica do atendimento a crianças e adolescentes usuárias de álcool e outras drogas segue recomendação da Divisão de Saúde Mental da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) que foi acolhida pelo Município de Toledo em 2019, que estabeleceu um cronograma de implantação no prazo de 24 meses. “Em um curto período, nós estamos fazendo todo o processo de transição, o qual, por meio de capacitações, treinamentos, matriciamentos e interconsultas, vamos realizar todo o aprimoramento dentro do atendimento para este público. Outras capacitações com esta abordagem estão previstas para maio e junho e até julho ou agosto queremos já colocar em prática todo o planejamento que já vínhamos fazendo”, detalha. “O Caps-i atende exclusivamente crianças e adolescentes do 0 aos 18 anos incompletos e nada mais coerente do que atender os menores com dependência química neste espaço, que oferece várias atividades, oficinas terapêuticas e equipe capacitada para dar todo o suporte necessário”, acrescenta. 

 Presente ao evento, a secretária de Saúde, Gabriela Kucharski, destaca a importância do evento para a execução de políticas públicas na área. “Diante da orientação de integrarmos crianças e adolescentes usuárias de álcool e outras drogas, hoje atendidas pelo Caps-AD, aos serviços do Caps-i, este seminário promove um debate necessário para que essa mudança seja feita da melhor forma possível”, avalia.
Assessoria 

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