Um trânsito seguro é responsabilidade de todos. Na Semana Nacional de Trânsito, os Órgãos envolvidos em prol de vidas no trânsito têm realiado ações voltadas para a conscientização do uso do cinto de segurança e o transporte seguro de crianças. Muito mais que um discurso, a responsabilidade no trânsito tem que ser uma prática no dia a dia pelas ruas e rodovias do nosso país. O trabalho conjunto vem sendo realizado na cidade de Cascavel, através de campanhas educativas e fiscalização, com o objetivo de reforçar uma atitude positiva dos condutores e minimizar os acidentes, mas a negligência ainda tem feito parte dessa conta.

De acordo com os dados da Transitar, uma das infrações de trânsito que mais cresceu em Cascavel é a falta de cinto de segurança. Algo que, apesar de básico, ainda tem sido recorrente. Os dados apontam que esse tipo de infração aumentou 195%. De janeiro a agosto deste ano, foram registrados 1.602 infrações de condutores sem o equipamento e 90 de passageiros, o que corresponde a 1.692 penalidades. No ano passado, foram 572 infrações, sendo 545 do motoristas e 27 dos passageiros.

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Já é de conhecimento popular a importância do cinto de segurança, muitas vezes, é esse acessório que pode evitar a morte em um sinistro, e sua ausência pode ser o principal fator que colabora para a gravidade nas lesões. Em caso de colisão, é o cinto que impede que o corpo seja arremessado para fora do carro e minimiza o impacto da batida. A falta do cinto corresponde a uma multa grave, equivalente a R$ 195,23 e 5 pontos na CNH.

CRIANÇAS NO TRÂNSITO

Os pais são responsáveis pela forma como transportam as crianças no trânsito. Proteger os filhos é algo tão essencial, mas ainda a negligência é grande. De janeiro a agosto deste ano foram cometidas 181 infrações por conta do transporte dos pequenos cascavelenses sem seguir as normas de segurança, em 2021 foram 106 penalidades. Ou seja, em um ano houve aumento de 71% na irresponsabilidade.

Além de colocar a criança em perigo, a infração gera uma multa gravíssima, correspondente ao valor de R$ 293,47. De acordo com presidente da Transitar, Simoni Soares, muitas vezes a cadeirinha está no veículo e os familiares simplesmente não a utilizam e, em uma situação de abordagem, nos casos da falta do equipamento, o veículo ficará retido até que a situação seja regularizada, sendo que para continuar o trajeto a criança precisa estar devidamente acomodada, conforme as normas do Código de Trânsito Brasileiro. "Mesmo com as notícias de crianças perdendo a vida pela ausência do equipamento de segurança, ainda flagramos o transporte o irregular, e isso é inadmissível, considerando a vulnerabilidade das nossas crianças e a negligência daqueles que tem o dever de protegê-las”, destaca.

ÓBITOS As ações preventivas são essenciais para a conscientização e para evitar que imprudências sejam cometidas, pois o resultado da negligência no volante pode ser fatal. Em Cascavel, no perímetro urbano e rodoviário, só neste ano já foram registradas quatro mortes em que o a falta de cinto de segurança foi um agravante. As crianças também sofrem o impacto no trânsito, duas perderam a vida em sinistros e ambas estavam sem a cadeirinha.