A paixão por automobilismo se renova depois de cada corrida da Fórmula 1. Se renova depois de cada etapa da Stock Car. Tanto a principal categoria do aumobilismo mundial quanto a principal categoria do automobilismo brasileiro são atrações do Grupo Tarobá de Comunicação e aparecem na telinha da TV Tarobá. Inclusive, no próximo fim de semana, tem o tradicional Grande Prêmio de Mônaco de F1. As máquinas da Fórmula 1 e da Stock Car são revestidas de alta tecnologia. Mas tem muita gente que prefere máquinas em que a tecnologia fica em segundo plano. São os apaixonados por carros antigos e adeptos do antigomobilismo.
Esses colecionadores são proprietários de máquinas que recebem um carinho de 'filho'. Tanto é que são antigos no ano de fabricação, mas parecem carros zero quilômetro. De fato, são veículos com baixa quilometragem, justamente em virtude do zelo de seus proprietários. O Darlan José Folle de Vargas é colecionador e restaurador. Ele é proprietário de um Opala 1974 há quinze anos. Detalhe: segundo ele, neste período, deve ter feito, no máximo, sete mil quilômetros do carro. Ele trata o Opalão laranja com carinho, pois se trata mesmo de uma raridade. O carro tem câmbio ao lado do volante e seis lugares designados no documento. Darlan explica que foram fabricadas apenas cem unidades com estas características.
Manter um carro com aspecto de novo requer um minucioso trabalho de restauração. Em Cascavel, o Jairo Pachenki é uma referência e ele foi o responsável por restaurar um Landau 1979. Segundo ele, a restauração é um processo longo, que pode variar entre um e três anos. Isso porque, é preciso 'garimpar' as peças que serão usadas no processo de restauração. Além disso, o restaurador deve recuperar todos os detalhes originais do carro, justamente do ano de fabricação.
Placa preta
Os carros antigos restaurados têm uma outra característica muito peculiar. Podem ser certificados com a placa preta. O Darlan é o certificador neste quesito pela Associação de Veículos Antigos de Cascavel (AVAC). E explicou o que é preciso para que um carro antigo sera certificado com a placa preta. "Nós fazemos parte de uma comissão da AVAC que faz o trabalho de certificação dos carros antigos. Um carro deve ter 80% de originalidade, não pode ser um veículo customizado, tem quer ser original e restaurado. Nós nos reunimos e analisamos todos os itens do veículo. Começamos pelo motor, analisamos a fiação, bobina, tampa de motor, distribuidor, distribuição de freio... E analisamos a parte externa do veículo: pneu, tala, medidas se são de épocas ou não. Tudo isso tem uma pontuação. No caso dos pneus, é muito difícil um carro de época ter pneus originais. E eles até são difíceis de serem encontrados no mercado. O restaurador pode até usar um pneu atualizado, mas vai perder pontos. Analisamos a funilaria do veículo e vamos para a parte interna. Todos os itens do veículo precisam estar funcionando para a certificação", disse.