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Castramóvel comemora três anos com quase 30 mil atendimentos

06/03/23 às 21:44 - Escrito por Assessoria de Imprensa
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O Castramóvel, Programa Municipal de Controle Populacional de Cães e Gatos de Londrina, comemora três anos de existência nesta segunda-feira (6). Desde 2020, quando foi inaugurado, o serviço coordenado pela Secretaria Municipal de Saúde já atendeu 27.161 animais domésticos, oferecendo a castração, microchipagem e medicamentos pós-cirúrgicos, tudo gratuitamente.


E, no aniversário do Castramóvel, o prefeito Marcelo Belinati foi conferir de perto o trabalho que, nesta semana, está sediado no Jardim Jatobá (zona sul). Ele esteve acompanhado do secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, e da vereadora Daniele Ziober, que defende a causa animal e foi idealizadora do projeto.


Durante a visita, o prefeito afirmou que essas e outras ações voltadas à proteção dos animais, domésticos ou não, têm sido implementadas desde seu primeiro mandato, iniciado em 2017. “É um trabalho inovador, porque Londrina nunca teve nenhuma política pública de proteção aos animais, e que começou na nossa primeira administração, com a criação do Castramóvel, do Fundo de Proteção aos Animais, do Conselho Municipal de Proteção e Defesa Animal, e o recolhimento dos animais de grande porte. Estamos concluindo os projetos do Centro de Bem-Estar Animal, para enviar para licitação; enfim, é um conjunto de ações”, elencou.

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Marcelo reforçou que, como tutor de quatro cães, sabe que a castração é um ato de amor e, também, uma medida importante de saúde pública. “Tem gente que pode achar que a castração é algo ruim para o animal, mas pelo contrário, é um gesto de amor. Com quase 30 mil castrações, são mais de 100 mil animais que hoje poderiam estar nas ruas, e não estão. Agradeço à Câmara Municipal pela parceria desde o início, com a vereadora Daniele Ziober e agora com os vereadores Deivid Wisley e a Lu Oliveira, que defendem a causa animal. O cuidado com o animal não é apenas uma questão de amor com eles, mas também uma grande questão de saúde pública; imaginem as dificuldades que seriam causadas por mais de cem mil animais nas ruas. Por isso, podem ter certeza de que esse trabalho vai continuar”, comentou.


Para executar o programa, a Prefeitura de Londrina já investiu R$ 2,125 milhões no Castramóvel e, este ano, será aplicado R$ 1,125 milhão. Os procedimentos oferecidos têm um custo unitário que varia entre R$ 110 e R$ 192, com base no porte e sexo do animal.


O secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, lembrou que, logo após o lançamento do Castramóvel, a pandemia chegou à Londrina, mas o serviço continuou sendo ofertado. “Desde 2017, sob o comando do prefeito Marcelo Belinati, várias políticas públicas estão sendo implementadas e, aqui, temos uma das mais exitosas, que é o Castramóvel. São quase 30 mil animais castrados desde o início de sua execução. Nós iniciamos e, logo depois, veio a pandemia, senão esses números com certeza seriam ainda maiores. E, mesmo com a pandemia, nossa equipe se organizou, de modo a garantir a realização da castração, respeitando na oportunidade todos os protocolos sanitários de distanciamento, com o agendamento em quantidade inferior ao que temos capacidade”, disse.


Machado destacou que o controle populacional dos animais é importante, já que muitos casos de procriação resultam em abandono. “Cada vez mais a administração está investindo em políticas públicas voltadas à causa animal, para que a gente possa consolidar isso no Município de Londrina e ser referência para todo o Brasil”, acrescentou.


Semanalmente, o micro-ônibus percorre diferentes regiões da cidade, atendendo nos bairros as famílias, entidades ou protetores independentes cadastrados pelo programa. Para fazer o cadastro, é preciso preencher os dados solicitados neste link ou enviar uma mensagem para o número de WhatsApp (43) 99997-9755. O telefone não recebe áudio ou ligações, apenas mensagens por escrito.


Uma das tutoras que estava no Castramóvel nesta segunda-feira (6) era a psicóloga Heloiza Alves dos Santos, que levou seu labrador Scooby, de 2 anos e meio, para passar pelos procedimentos. Por ser um cão de grande porte, com quase 30 quilos, as clínicas veterinárias cobrariam entre R$ 600 e R$ 1.000 pelo serviço de castração do Scooby. “É um valor que fica pesado para a gente. Por ser um cão maior, tudo fica mais caro, com muito consumo de ração, mais medicamentos, e aqui não tem esses custos. A veterinária deu toda orientação, e não preciso comprar nenhum dos medicamentos, então é algo que nos ajudou muito. E, na sexta-feira, trarei a minha outra cachorra para ser castrada também”, comemorou.


A psicóloga citou ainda os casos de pessoas como ela, que sabem da importância da castração para a saúde do animal, mas que, pelas condições financeiras, acabam não conseguindo colocar em prática. “O Castramóvel é muito importante, pois são tantas pessoas que têm os animais e não querem que eles procriem. Adotam por amor e precisam castrar, mas não conseguem. Então, é muito importante ter esse serviço disponível, porque é de custo alto. Se eu fosse castrar os meus dois animais, gastaria em torno de R$ 2 mil reais; aqui não terei de pagar nada”, exemplificou.


Para a vereadora Daniele Ziober, que apresentou o projeto do Castramóvel ao prefeito Marcelo Belinati, o programa é um grande sucesso que beneficia a toda a cidade. “Existem duas histórias para a causa animal de Londrina: uma antes de 2017, que foi quando iniciou a atual administração, e uma depois. As políticas públicas iniciaram todas ali, e o Castramóvel foi meu primeiro projeto. É uma alegria ver que estamos chegando em quase 28 mil castrações em três anos, e evitamos praticamente 130 mil animais de nascerem e sofrerem nas ruas da cidade; eu diria que é a política pública mais eficaz hoje. E Londrina foi uma das poucas cidades em que o serviço não parou nem durante a pandemia, o que para nós é uma vitória”, contou.


Diariamente, em média, o Castramóvel atende de 40 a 50 cães e gatos, que variam entre pequeno, médio e grande porte. São animais domésticos de famílias cuja renda não ultrapasse três salários mínimos, além de protetores independentes, entidades e organizações de proteção animal. Somente os que forem aprovados na avaliação veterinária, com boas condições de saúde, são submetidos ao procedimento.


A médica veterinária Marina Paiva Branco, que acompanha o Castramóvel desde agosto de 2020, considera o programa essencial. “Todas as cidades deveriam contar com esse programa, que dá um suporte para a população que precisa. Muita gente quer castrar seus animais, mas não pode bancar devido ao gasto financeiro. E a castração é algo muito importante para os animais, pois evita doenças e procriações indesejadas, sejam em animais de rua ou os que já são acolhidos”, frisou.


A veterinária contou ainda que a microchipagem, oferecida junto com a castração, contribui também para a identificação de animais perdidos ou abandonados. “Coletamos todos os dados do tutor disponíveis no cadastro e acrescentamos ao número do microchip que será inserido no animal. Ao fazer a leitura do microchip, teremos acesso às informações desse tutor, como nome, endereço e telefone. Serve tanto para casos de animais abandonados, o que pode gerar a denúncia desse tutor, quanto para a recuperação de animais perdidos”, detalhou.

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