Moradores da ocupação do Jardim Primavera, na zona norte de Londrina, reivindicam a regularização fundiária dos terrenos. Pelo menos 300 famílias vivem no local, muitas vezes sem água potável e rede de esgoto adequada.
Outro problema é a insegurança, comum em tantos outros bairros, além da falta de coleta de lixo e serviço de correios. Nas ruas de terra, a água da mina corre e se mistura com a água que sai das casas. Só há energia, água e esgoto porque os próprios moradores providenciaram as ligações.
“A gente não podia pagar aluguel, então levantamos os tijolos. Nem rebocada a casa é, mas estamos debaixo de um teto”, disse a dona de casa Maria das Graças Dias.
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Para as famílias, a prioridade hoje é o asfalto ou, pelo menos, ruas em melhores condições. “É muito barro e lama. A gente não consegue sair quando chove. Tinha que arrumar, dar uma ajeitada”, apontou a boleira Joana Lopes.
A Companhia de Habitação de Londrina (Cohab) informou que a ocupação não pode ser regularizada por conta de ser uma área de preservação ambiental.
“É insalubre, tem afloramento de água, é uma área de risco. Para que isso seja resolvido da melhor forma possível, é melhor que as famílias saiam dessa área e vão para uma que dê condições de ter o mínimo possível, que é água potável e esgoto sanitário”, afirmou o diretor técnico da Cohab, Luiz Cândido.