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Convite para 'safari' denuncia mato alto e insegurança na zona leste

08/02/23 às 19:18 - Escrito por Redação Tarobá News

Um convite em tom irônico viralizou nas redes sociais chamando a população para um safari na zona leste de Londrina. A publicação avida que será necessário utilizar " bota de cano alto, foice, facão e uma caminhonete quatro por quatro revisada", mas na verdade faz referência a um terreno em situação de abandono em que funcionavam dois complexos de casas para soldados da aeronáutica.


“Costumo brincar que toda vez que eu ligo na prefeitura por causa disso aqui eu sou transferido para uma secretaria e quem me atende é o Noé. O ‘noé comigo’. É sempre com outra pessoa”, disse o autor da publicação, Carlos Nascimento.


O terreno abrange as avenidas Paul Harris e Scadura Cabral, e as ruas Bagateli e de Pinedo. O espaço foi doado pela Prefeitura de Londrina ao Governo Federal na década de 1950 e foi desativado. Desde 2018, o município negocia a cessão dos terrenos com a união, para a construção de uma vila de idosos.


O terreno tem entulho amontoado e parte das janelas está quebrada. Mesmo com o esforço do município fechando entradas com tijolos e reboco, pessoas em situação de rua continuam invadindo o local, que conta com o mato bastante alto, a ponto de esconder uma pessoa em pé.


“Se você entrar pelo terreno, você vai encontrar vestígios de uso de drogas, então a gente não sabe quem está frequentando esse local e colocando em risco a família da gente. A noite a gente não pode mais abrir o portão”, explicou Nascimento.


A CMTU informou que o terreno está sob a responsabilidade da Secretaria do Idoso, que tem realizado os serviços de limpeza do local. A insegurança é uma das principais queixas de moradores da região, que passam o dia trancados em casa. “Tranca tudo, porque e o medo de vir um aí e se esconder?”, questionou a aposentada Maria José da Cruz.


Outro problema é a proliferação da dengue. Muitos moradores passam o dia com as janelas fechadas com medo de serem picados pelo mosquito. E ainda tem a presença de outros animais, como gambás. “Foi uma infestação, não podia deixar a porta aberta porque eles entravam dentro de casa e fazia bagunça, pegava alimento”, disse a comerciante Ancarla Galhardo.



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