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Foz do Iguaçu registra mais de 1.600 casos de violência contra a mulher em 2021

14/01/22 às 13:51 - Escrito por Redação Tarobá News
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Os indicadores de violência contra a mulher em Foz do Iguaçu atingiram números preocupantes durante 2021. Foram mais de 1.600 atendimentos prestados, conforme mostra levantamento do Centro de Referência em Atendimento à Mulher Vítima de Violência (CRAM), da Secretaria de Assistência Social.

O Município possui uma forte rede de apoio para atendimento a esses casos - além do CRAM, que orienta, acompanha e dá suporte às vítimas, também existe a Patrulha Maria da Penha, da Guarda Municipal, para garantir o cumprimento de medidas protetivas.

De acordo com a coordenadora do CRAM, Kiara Heck, um dado que se mostra alarmante são os registros de agressão pelos ex-companheiros – foram 561 no último ano. Mulheres agredidas pelo marido ou companheiro, foram 390. As agressões também foram registradas por vizinhos, colegas de trabalho ou parentes.

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“Estamos em um contexto em que é preciso considerar a pandemia como um fator que fez aumentar não só o número de casos, mas também a complexidade, com atendimentos cada vez mais graves de mulheres agredidas e situações com difícil resolução”, detalhou Kiara.

As violências psicológicas e patrimoniais, quando a mulher é impedida de utilizar o próprio dinheiro ou sofre com a destruição e furtos de bens, também marcaram altos registros ao balanço anual – foram 660 relatos como esses.

“Mantemos o nosso trabalho de orientação, acompanhamento e proteção dessas mulheres, dando todo o suporte psicológico, social e jurídico, encaminhando-as à nossa rede de enfrentamento”, explicou a coordenadora.

Patrulha Maria da Penha

A Patrulha Maria da Penha, importante braço de apoio na Guarda Municipal, foi o grupamento mais atuante da GM em 2021, realizando quase 20% dos atendimentos do ano (1.674), sendo a maior parte para visitar as vítimas assistidas pelas equipes.

Os agentes realizaram aproximadamente 14 mil fiscalizações de medidas protetivas, como visitas para garantir a proteção das mulheres assistidas, emissão de certidões e intimações.

A subinspetora Iraci Pereira, coordenadora da Patrulha Maria da Penha, conta que o trabalho da corporação vem surtindo efeitos ao longo dos últimos anos. As visitas frequentes às mulheres com medidas preventivas coíbem o retorno dos agressores.

Em 2021 houve uma diminuição do número de prisões em flagrante pelo descumprimento da medida. Ao todo, foram registradas 30 autuações – em 2020 foram 46 e em 2019 foram 72.

“Hoje temos uma realidade diferente no que se refere a essa proteção. A medida protetiva não é apenas um papel, mas um trabalho integrado de proteção, visitas e acompanhamento. O patrulhamento ostensivo garante ainda mais segurança inibem os agressores”, conta a coordenadora.  

Em caso de descumprimento, seja por flagrante ou por apresentação de provas pela vítima, o Ministério Público entra com um pedido para que o agressor use tornozeleira eletrônica. Caso ele se aproxime da casa da vitima, um sinal é emitido e a patrulha se desloca até o local.  

“Essa rede muito forte de apoio vem encorajando mulheres a denunciar. Elas precisam saber que não estão sozinhas e terão proteção diária. Temos três celulares para contato, que estão sempre monitorados para tirar dúvidas e atendê-las”, finaliza Iraci.

*Denuncie

É cada vez mais importante ressaltar que todos podem ser aliados na luta pelo fim da violência contra a mulher. Os telefones da Patrulha Maria da Penha são (45) 98401-6287 / 99997-4994 e 98424-5847. O telefone 190 é a linha utilizada pra denúncias diretas à Polícia Militar. O Ligue 180 também presta apoio e escuta às mulheres em situação de violência.

Todos os meios funcionam 24h e devem ser acionado em todos os casos de violência, seja ela física, moral, psicológica ou patrimonial.

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