O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) vai investigar a atuação da equipe da Polícia Militar (PM) que matou Cristiano Rodrigues de Jesus, de 20 anos, durante um confronto no último domingo (11). Representantes do Movimento Nacional dos Direitos Humanos, do Movimento Negro, do Conselho Municipal de Transparência e parentes da vítima denunciaram uma suposta força excessiva de policiais militares durante o confronto e também durante uma onda de protestos realizadas pela comunidade desde o ocorrido e que acabou com moradores feridos por disparos de bala de borracha.

A informação divulgada pela polícia após a ocorrência dá conta de que Cristiano estava armado e teria reagido à abordagem. O comando da Polícia Militar (PM) chegou, inclusive, a apresentar uma arma de fogo e algumas porções de cocaína que, conforme as equipes, teriam sido encontradas com o jovem.

A versão da família e de alguns moradores do jardim Califórnia é diferente. Eles alegam que o jovem foi cercado pela polícia dentro de uma casa e executado com diversos tiros mesmo sem oferecer resistência. Eles também questionam a demora na apresentação das drogas e arma realizada pela polícia.

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De acordo com o delegado do GAECO Ricardo Jorge, as testemunhas foram ouvidas e o caso será encaminhado ao Ministério Público Militar. Também serão realizados exames de lesões corporais na vítima junto ao IML e analisadas imagens, vídeos e boletins de ocorrência desde o início. “Vamos analisar se foi um eventual crime miliar ou uma eventual infração administrativa militar”, explica o delegado. Assista ao vídeo com a reportagem completa!