Em Londrina, o Ministério Público do Paraná ofereceu denúncia por concussão contra o ex-deputado estadual, Matheus Petriv, da legislatura 2019-2022 e seus pais por possível prática de “rachadinha”.
A denúncia – já recebida pela Justiça – foi oferecida por meio do núcleo de Londrina do Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria).
Conforme apurou o MPPR, durante o seu mandato na Assembleia Legislativa, o deputado teria exigido de três assessores, sob pena de demissão, o repasse de parte dos seus vencimentos, por meio de entrega de dinheiro e pagamento de despesas do gabinete parlamentar.
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O dinheiro teria sido usado para financiar a confecção de camisetas para promoção da família de políticos, para pagamento do IPTU do imóvel particular onde reside a família em Londrina e para a aquisição de itens básicos de consumo, tais como cestas básicas e caixas de leite para posterior distribuição à particulares. Nas supostas ações criminosas, ele teria contado com a participação de seus genitores (o pai do ex-deputado também ocupou cargo eletivo, sendo deputado federal de 2019 a 2021).
Em nota, o advogado Rafael Moraes, que defende o ex- parlamentar, emitiu a seguinte nota em nome de Matheus Petriv:
"Nos últimos dias, foi veiculada uma matéria no site do Ministério Público do Estado do Paraná, em que foi falado de uma acusação de que eu e meus pais praticávamos rachadinha com ex-assessores.
Em primeiro lugar, eu gostaria de esclarecer que eu e minha família fomos declarados inocentes dessas mesmas acusações antes, assim como tenho certeza que demonstraremos novamente a nossa inocência.
Essa acusação de rachadinha é fruto da denúncia de dois assessores que formaram um grupo político para disputar as eleições contra a minha mãe, a atual vereadora Mara Boca Aberta, de quem uma das testemunhas de defesa é o suplente e maior interessado nessa situação.
Segundo eles, minha família teria feito "rachadinha" por fazer uma vaquinha entre os assessores para comprar caixas de leite para pessoas carentes durante a pandemia.
O promotor diz até mesmo que a minha família é culpada por ter "obrigado" um ex-assessor a pagar um gabinete em nosso favor, mas desconsiderou que esse "gabinete", na verdade, foi locado pela Sr. ivoneti, e pelo Sr. Adilson para promover o então candidato a vereador Capoeira. Este local, inclusive, foi declarado, na campanha eleitoral, como comitê eleitoral do Sr. Capoeira e, na ocasião, foi falado que era salão de manicure da Sra. Ivoneti, que atuava como cabo eleitoral.
Por último, gostaria de esclarecer que não nutro, pelo promotor de justiça Renato de Lima Castro, responsável pela denúncia, qualquer sentimento pessoal, mas é óbvio que a denúncia foi oferecida como forma de atingir o meu pai, com quem ele tem declarada inimizade, e, por este motivo, deveria declarar-se suspeito."
Com informações da assessoria de imprensa do MPPR.