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Hospitais calculam impacto do novo piso da enfermagem na folha de pagamento

18/08/22 às 14:25 - Escrito por Redação Tarobá News
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O piso salarial nacional da enfermagem tem causado impacto na folha de pagamento de hospitais. No Hospital Norte Paranaense (Honpar), em Arapongas, 40 de 400 profissionais já teriam sido demitidos este mês e outros 50 estariam prestes a ser dispensados. Em nota, o hospital informou que vem fazendo mudanças no quadro de funcionários para se adequar à lei que estabeleceu o piso da categoria.


A lei sancionada do último dia 4 pelo presidente Jair Bolsonaro estipula que enfermeiros não poderão receber menos de R$ 4.750, independentemente de trabalharem na iniciativa privada ou no serviço público federal, estadual, municipal. Para técnicos de enfermagem, o salário não pode ser inferior a 70% deste valor, ou seja, a R$ 3.325. Já os auxiliares e as parteiras não podem receber menos que a metade do piso pago aos enfermeiros, ou seja, abaixo de R$ 2.375.


Segundo o Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde de Londrina e Região (Sinheslor), a expectativa é pelo julgamento de uma ação direta de inconstitucionalidade. "Como não temos subsídios do Governo Federal, a Confederação Nacional de Saúde entrou com ação direta de inconstitucionalidade onde abordamos a decisão do ministro Barroso. Estamos em reuniões, tentando explicar o impacto que isso vai ter na saúde do Brasil. É uma situação muito preocupante”, disse Lincoln Magalhães, presidente do Sinheslor.

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Somente em um dos hospitais filantrópicos de Londrina, que tem cerca de 1000 profissionais de enfermagem, o impacto na folha de pagamento chegaria a mais de R$1 milhão. Com o déficit entre o que o SUS paga e o custo dos atendimentos, as instituições alegam que a conta não fecha. Segundo o Sinheslor, o piso poderia ter um impacto no atendimento à população, na medida que a dispensa dos funcionários pode acarretar em falta de profissionais para atendimento.


Por outro lado, o sindicato que representa os profissionais da área de enfermagem, o Sinsaude, comemorou bastante a decisão. “A pandemia afetou o mundo inteiro e milhares de vidas foram ceifadas. O profissional de enfermagem não parou em nenhum momento. A classe política olhou para a nossa profissão, que agora tem um piso digno e valorizado”, disse Márcio Machado, diretor do Sinsaude. Conforme Machado, há enfermeiros formados que recebem menos de R$3 mil na região. 


O Sinsaude informou ter notificado hospitais e grandes estabelecimentos de saúde e por enquanto não há informações de demissões em massa em Londrina.

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