Justiça do Trabalho: audiência conciliatória do transporte é realizada nesta quarta-feira

A audiência conciliatória entre as empresas que operam o transporte coletivo em Londrina, sindicato dos trabalhadores, município e Ministério Público, teve início às 13h desta quarta-feira (2), na 1ª Vara do Trabalho de Londrina. A expectativa da categoria, que iniciou a paralisação na manhã da última terça-feira (1) é de que seja pago o que foi acordado entre eles em 2021, que são o incremento no vale-alimentação e o pagamento do PPR, que substitui o anuênio.

O sindicato da categoria, Sinttrol, pediu uma reunião com a CMTU antes da audiência, mas não foi atendido. “Nós pedimos essa reunião para a gente saber do poder público qual seria a intenção na audiência, até para a gente ter em mente o que fazer. Eles nos atenderam por telefone e disseram que nos atenderiam [pessoalmente] por volta das 11 horas. Mas não foi possível eles nos atenderem, acho que por questões internas. Vamos aguardar agora a audiência”, disse o presidente do sindicato, José Faleiros.

As empresas do transporte público se manifestaram por meio de nota. "Conforme ata, a Prefeitura e a CMTU se comprometeram em fazer o pagamento do reequilíbrio 2021 até o final de fevereiro/2022. Como a TCGL não recebeu esse repasse, não há recursos para o pagamento do PPR e vale-alimentação mencionados na ata. Conforme ofício, a empresa alertou em 10/02/2022 a Prefeitura, a CMTU e o Sinttrol que o prazo para o pagamento estava se esgotando".

Já a prefeitura e a CMTU informaram em nota que os salários e o vale-refeição da categoria estão em dia, inclusive com os reajustes concedidos. Já sobre o incremento do vale e o PPR, o argumento foi de que os valores ainda estão em análise e dependem do pagamento do reequilíbrio contratual com as empresas do transporte coletivo.

Segundo Faleiros, o valor aproximado para que o pagamento seja feito é de R$ 2 milhões. “A expectativa é de que se resolva isso, porque foi usurpado um direito da categoria, não foi pago, e estão revoltados com isso. Não vão voltar se não forem pagos esses dois itens econômicos e esperamos que isso se solucione para voltar a prestar o serviço na cidade”, disse.