O projeto “Soluções Baseadas na Natureza”, lançado nesta quinta-feira (20) em Londrina, contempla o Lago Cabrinha, zona norte da cidade. O objetivo do projeto, idealizado pelo ICLEI América do Sul, é apoiar os governos locais de diversos países do mundo, para o correto aproveitamento da natureza em prol da conservação da biodiversidade e dos ecossistemas e da sustentabilidade ambiental e econômica.
"É uma solução ambiental para que a gente possa preservar aquele local. É um projeto piloto que vai buscar evitar que o que aconteceu lá atrás, aconteça de novo. Que a gente realmente realize a preservação ambiental", explicou Belinati.
Para isso, em Londrina, a iniciativa prevê o rearranjo das pedras rachão existentes no Lago Cabrinha, de maneira que elas formem pequenas piscinas escalonadas, sendo a primeira mais profunda que as seguintes.
Será feito o barramento com pedras grandes semiterradas e troncos, para a base, o solo será preenchido com pedras menores encaixadas e será colocado talude para o posterior plantio de vegetação. Às margens, as pedras continuarão fazendo seu papel de contenção.
Além disso, uma barreira de contenção -feita com vegetação ripária e rizomatosas, resistentes à água será plantada através da técnica de fitorremediação. Abaixo dela, os técnicos colocarão uma manta geotêxtil (de fibras de vegetais) para servir de base do talude, onde será plantada a vegetação.
O objetivo das intervenções é que a energia das águas -que escoam das galerias do sistema convencional de drenagem pluvial- perca velocidade, volume e força, evitando estragos pelo caminho, possíveis inundações e deslizamento de terra nas margens do Córrego, assim como ocorra a erosão do solo e o assoreamento do Lago Cabrinha. Já com o plantio da vegetação adequada e nativa, espera-se ter agentes de purificação das águas, que podem estar contaminadas ou poluídas por depósito de substâncias orgânicas e inorgânicas. Com isso, a Prefeitura busca reduzir os efeitos da degradação ambiental no Córrego e otimizar a capacidade do sistema de drenagem.
O projeto de preservação terá início em duas semanas e a previsão para a finalização é de três meses. Para a elaboração dessas medidas demonstrativas, a empresa paulista Guajava Arquitetura da Paisagem e Urbanismo foi contratada pelo ICLEI América do Sul para desenhar o projeto. Ele custou €$ 40 mil, ou seja, mais de R$ 250 mil, que foram viabilizados pelo ICLEI junto ao Ministério do Meio Ambiente, Proteção da Natureza e Segurança Nuclear do Governo Alemão.