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Livro debate escolarização de crianças com autismo e psicose

27/01/23 às 10:26 - Escrito por Assessoria de Imprensa
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A Eduel (Editora da UEL) lança o livro “Escolarização de Crianças com autismo e psicose”, de Cleide Vitor Mussini Batista. A obra apresenta o registro do trabalho desenvolvido na Rede Municipal de Londrina junto a crianças diagnosticadas com autismo e psicose, dentro do Projeto de Extensão da Universidade Estadual de Londrina intitulado “Escolarização de Crianças Autistas e Psicóticas”.


Com base na psicanálise lacaniana e nas Teorias da Educação, como o conceito de Educação Terapêutica, a iniciativa lança um olhar diferenciado diante do desafio da escolarização de crianças com diagnóstico de autismo e de psicose infantil. Direcionado a professores, psicólogos e estudantes de graduação e pós-graduação de áreas afins, o lançamento reúne 11 artigos produzidos por integrantes do projeto.


Coordenado pela professora Cleide Vitor Mussini Batista, do Departamento de Educação e organizadora do livro, o projeto de extensão é desenvolvido há oito anos em parceria com a Secretaria Municipal de Educação. Participam da iniciativa 10 professoras regentes das Classes Especiais/TGD, sendo duas professoras por sala e vinte crianças no total. Também integram o projeto profissionais da Gerência de Apoio Especializado (GEAE/SME), entre eles psicólogos, psicopedagogos, alunos dos cursos de graduação em Pedagogia e Psicologia da UEL, outros profissionais da área de instituições diversas e pesquisadores.

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Para a intervenção junto às crianças, a trajetória dos integrantes do projeto começou com muito estudo, pesquisas, reflexões e discussões. O objetivo foi planejar uma proposta de trabalho individualizada para atender crianças e adolescentes com idade de 5 a 15 anos, adotando a inclusão de maneira interdisciplinar. Por fim, o grupo também elaborou um formato de acompanhamento de cada criança/aluno por meio de portfólio e relatório descritivo.


Conceitos e preconceitos


Cleide Vitor explica que, inicialmente, foi necessário descontruir alguns conceitos que circundam a questão das crianças diagnosticadas com autismo e psicose. “Antes de ser um autista ou psicótico, há uma criança, um sujeito. Desalgamar os profissionais do diagnóstico da criança não é uma tarefa fácil. Portanto, a ideia do projeto por meio dos estudos, supervisão e acompanhamento é o de trabalhar com a criança, considerando suas produções e o singular de cada uma”, aponta.


Os artigos detalham as atividades e intervenções que foram desenvolvidas com as crianças durante o processo de escolarização delas, como jogos, brincadeiras, atividades de pintura, vivências e experiências dentro e fora da sala de aula e da escola. Entre as intervenções adotadas, a organizadora do livro destaca as atividades culturais, que consistiam em levar as crianças a teatros, feiras, cinema, piqueniques ao ar livre e visitas a restaurantes.


Segundo Cleide, as propostas de trabalho visam proporcionar vivências cotidianas, respeitando os limites e individualidades de cada criança/aluno. “Para a criança com autismo ou com psicose, não diferente das outras crianças, é necessário transitar pelo social. Neste trânsito, também, verifica-se como a criança responde a estas diferentes experiências cotidianas”, ressalta a professora.


Sem dúvida, o livro contribui para a ampliação do entendimento do autismo e da psicose infantil diante da desinformação recorrente da sociedade com relação aos transtornos. Neste sentido, Cleide Vitor ressalta a importância de “olhar para a criança”, independente do diagnóstico. “É preciso olhar para a criança, sem ficar presa ao diagnóstico, pois não é este que a define, ou seja, existe uma criança para além do diagnóstico. E, é nesta criança que apostamos, sempre enfatizando o que ela é capaz de fazer, suas produções etc. e não aquilo que comumente ela não é capaz”, diz Cleide Vitor.

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