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Meliponicultura: Agrotec finaliza curso sobre "abelhas sem ferrão"

23/02/21 às 16:41 - Escrito por Redação Tarobá News
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A programação de cursos da Agrotec (Escola Tecnológica Agropecuária) continua e dessa vez, produtores rurais puderam aprender sobre meliponicultura, atividade voltada para a criação de abelhas sem ferrão. Em parceria com o Sindicato Rural de Cascavel e o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) o treinamento teve carga horária de 32 horas.

O interesse por essa prática vem crescendo a cada ano e com sua rica biodiversidade, o Brasil é berço de diversas espécies como Jataí, Tubuna, Mandaçaia, Uruçu, entre outras centenas, que são de extrema importância na polinização e produção de méis de alta qualidade. Diferente das abelhas com ferrão do gênero apis, as indígenas (como também são conhecidas) não oferecem riscos para o ser humano e podem ser criadas no quintal de casa.

De acordo com o Senar, os conteúdos ministrados são conceitos básicos sobre as abelhas nativas, como a distribuição geográfica, tipos de ninho e estrutura das colônias, até noções práticas sobre instalação e manutenção de um meliponário e aproveitamento do mel. Para o instrutor, Ramon Ponce Martins, criar é uma forma de resgatar e preservar as abelhinhas, além de ser benéfica para a mente. “Isso aqui é uma terapia. Serve para que as pessoas se ocupem, porque se você ficar observando elas, daqui a pouco sua atenção fica suave, você se distrai e se desliga do que tem ao redor”, destacou o profissional.

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Na capacitação, os produtores rurais presenciaram na prática como resgatar um enxame do perigo de maneira segura e sem cometer crimes ambientais, principalmente a derrubada de árvores (local onde as abelhas costumam se instalar). “A principal vantagem que eu achei do curso é como capturar o enxame. Antigamente a gente via um numa árvore, ia lá e derrubava ou cortava para tirar de dentro e não precisa fazer isso, não precisa derrubar uma árvore que demorou anos para crescer. É muito bom e prático, é gostoso ver a abelhinha trabalhando, como elas fazem a polinização e produzem comida para elas, é sensacional”, revelou o avicultor, Alceu Lazarin que já fez o curso de apicultura básica na Agrotec e agora, procurou se aprimorar na meliponicultura.

O primeiro passo para quem deseja ter um meliponário, é fazer um treinamento como o ofertado pela Agrotec e o Senar, no qual ensina todos os macetes de criação, “A partir do momento que você aprendeu os hábitos da abelha sem ferrão, você vai fazer quem nem esse aqui, num jardim, numa área de descanso, onde tem abelhinha que não te incomoda. Enquanto se fosse uma apis eu duvido quem ia sentar aqui, ia levar ferroada de graça”, brincou o instrutor.

Segundo a coordenadora de cursos da Agrotec, Gabriela Folador, um novo curso de meliponicultura para produtores rurais está previsto de 03 a 06 de maio e as inscrições podem ser feitas pelo número (45) 3218-1281.

Uso medicinal

Se engana quem pensa que o mel das abelhas sem ferrão serve apenas para consumo e fins comerciais. Ele é composto por diversos nutrientes que além de contribuir como alimento, serve para uso medicinal, como explica o instrutor, Ramon Ponce Martins, “O mel das abelhas sem ferrão é diferenciado porque tem zero sacarose, e possui mais minerais e vitaminas do que o mel de apis. Ele entra como um suplemento, auxilia na digestão, é saudável para o pâncreas e pode prolongar a sua vida. Além do mel para consumo, pode utilizar ele na dor de ouvido, no combate de bactérias e fungos e outros tipos de protozoários. Também pode usar como gargarejo, para escovar os dentes, pode pingar no nariz para descongestionar, serve ainda como colírio para algumas doenças do olho como conjuntivite, cataratas e no de tratamento de pele, como a frieira”.

Jardins de Mel

Atualmente a Agrotec possui quatro caixinhas próprias para a criação das abelhas sem ferrão da espécie Jataí e que fazem parte do projeto Jardins de Mel. De autoria do vereador Celso Dal Molin (PL), a iniciativa tem como objetivo a divulgação e conservação das abelhas nativas sem ferrão em espaços urbanos de Cascavel.

A Fundetec é parceria dessa ideia e tem como responsabilidade cobrir os gastos da Lei, como materiais e a confecção das “casinhas” das abelhas, além de ceder espaços para os cursos de meliponicultura. No desenvolvimento do projeto serão utilizadas, dentre outras, as seguintes espécies de abelhas sem ferrão: Guaraipo (Melipona bicolor), Manduri (Melipona marginata), Mandaçaia (Melipona quadrifasciata), Jataí (Tetragonisca angustula) e Mirim (Plebeia sp).

Assessoria

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