O Ministério Público (MP-PR) ingressou com um recurso na Justiça pedindo restrições no funcionamento de bares, restaurantes, igrejas e academias de Londrina. O funcionamento do comércio de rua e de escolas não é alvo da medida.
O pedido é para que a Prefeitura seja obrigada a impor regras sanitárias que impeçam o funcionamento de igrejas e templos religiosos de qualquer natureza e a realização de confraternizações e eventos presenciais que causem aglomerações com grupos de mais de 10 pessoas.
Para bares e restaurantes, a solicitação é que atuem apenas em sistema de entrega, retirada no local e drive-thru, sem serviços presenciais. O MP-PR também solicita a suspensão parcial do decreto municipal que permitiu o funcionamento as academias.
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"As medidas estão sendo solicitadas porque a população e os proprietários dos estabelecimentos não estão colaborando. Há regras de funcionamento, mas as pessoas não obedecem essas regras", afirmou a promotora Susana de Lacerda, que assinou o pedido. Confira a entrevista no vídeo acima.
Susana apontou ainda que a fiscalização realizada pela Prefeitura e pela Polícia Militar (PM) não é suficiente para coibir as atividades que causam aglomeração. "O temor é que as pessoas morram por falta de assistência".
O recurso, direcionado à desembargadora Maria Aparecida Blanco de Lima do Tribunal de Justiça (TJ-PR), leva em consideração o relatório do Coesp (Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública) que classificou como "risco muito alto" a situação da pandemia na cidade.
O MP-PR aponta ainda a possibilidade de circulação da variante brasileira do coronavírus, o que pode colocar ainda mais pressão sobre o sistema de saúde. Nesta segunda-feira (22), o Hospital Universitário, referência no tratamento da doença, chegou a registrar 144% de ocupação nos leitos de enfermaria Covid SUS.