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Na Câmara, economista fala sobre perspectivas para Londrina após um ano de pandemia

28/04/21 às 15:40 - Escrito por Da Redação
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Em abril de 2020, no início da pandemia de covid-19, Londrina apresentou um saldo negativo de 4 mil empregos formais. A partir de julho o município iniciou um processo gradual de recuperação, com saldo positivo de 1.916 postos de trabalho formais em novembro. Mesmo assim, o município encerrou dezembro do ano passado com variação negativa de quase 500 empregos. Os dados foram repassados na sessão desta terça-feira (27) pelo economista Marcos Rambalducci, professor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), que falou sobre as perspectivas para a economia londrinense após um ano de pandemia de Covid-19. Segundo Rambalducci, para ajudar Londrina a superar a crise econômica, aprofundada pela crise de saúde, é preciso investir prioritariamente em dois setores: turismo e indústrias de base tecnológica.

O economista afirmou que Londrina vive um momento de inflexão na economia, de forma semelhante ao que ocorreu em 1975, quando a geada negra devastou as plantações de café na região Norte do Paraná e forçou a cidade a se reinventar. "No ano de 2000, o PIB [Produto Interno Bruto] de Londrina tinha 21% vindos da indústria de transformação. Hoje menos de 14,5% do PIB são desse setor. As áreas de serviço e de comércio são ótimas, mas não trazem dinheiro de fora para dentro. Elas fazem circular o dinheiro, mas não trazem dinheiro novo. As maneiras que temos de alavancar o crescimento rápido de Londrina são duas: a primeira é um processo de industrialização calcado em empresas de base tecnológica, porque elas são intensivas no uso de inteligência e não no uso de recursos naturais. E precisamos acelerar nosso processo de turismo", afirmou Rambalducci, que participou da sessão a convite do vereador Eduardo Tominaga (DEM).

De acordo com o economista, Londrina teve saldo positivo de empregos em janeiro e fevereiro, mas será preciso acelerar o processo de geração de postos de trabalho se a cidade quiser recuperar o panorama de seis anos atrás. Segundo ele, o pico de empregos formais no município ocorreu em abril de 2015, quando Londrina chegou a 163.223 postos de trabalho com carteira assinada – segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Em janeiro de 2021, Londrina tinha 147.601 postos de trabalho com carteira assinada. "Para chegarmos daqui a 10 anos com a mesma proporção de trabalhadores com carteira assinada, seria preciso criar 4.531 empregos por ano", afirmou.

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Rambalducci também chamou a atenção para o aumento no preço dos alimentos que compõem a cesta básica e o comprometimento da renda das famílias. Segundo ele, o preço da cesta básica em Londrina aumentou 31,7% entre janeiro e dezembro do ano passado, passando de R$ 384,19 para R$ 507. Apesar da crise sanitária, da inflação e do desemprego, o professor ressaltou que as projeções são de que o PIB de Londrina suba em torno de 4,5% em 2021, enquanto o país deve crescer cerca de 3,5% neste ano. Questionado pelo vereador Eduardo Tominaga sobre o motivo dessa diferença, Rambalducci elencou dois fatores. "Nós nos recuperamos mais rapidamente porque rapidamente permitimos que a indústria retomasse um processo de normalidade. Isso ajudou a dinamizar a economia. Outra questão importante foi o suporte a micro e pequenas empresas a partir da criação de um Fundo Garantidor para empréstimos (instituído com recursos devolvidos pela Câmara à Prefeitura)", disse.

Com assessoria

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