As empresas responsáveis pelo transporte público de Londrina responsabilizam “a queda brutal da arrecadação” na crise financeira que terminou com atraso dos salários dos trabalhadores. Segundo a TCGL, Transportes Coletivos Grande Londrina e a LondriSul, o problema começou em março de 2020, com o avanço da pandemia de Covid-19.
A TCGL apontou que fechou o ano de 2020 com endividamento na casa dos R$ 28 mi. Já a LondriSul informa que tem um déficit de R$ 13 mi.
Sem receber, motoristas e cobradores decidiram parar as atividades nesta sexta-feira (09). Nenhum ônibus saiu da garagem das duas operadoras do transporte. Segundo o sindicato da categoria, a decisão de suspender os trabalhos foi dos próprios trabalhadores. “Não há alternativa para fazer valer o direito de receber salários. Pode haver novidade e os trabalhadores voltarem a trabalhar. Mas para isso, depende do pagamento dos salários em dia”, disse o representante SINTTROL, José Faleiros.
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Segundo TCGL e LondriSul, mesmo em meio à crise, “as operadoras continuaram a manter a prestação dos serviços à comunidade, arcando com os custos do sistema, mas igualmente aos protocolos e medidas sanitárias recomendadas pela OMS e a todas as determinações da CMTU, com vistas a realizar uma operação visando a se manter o distanciamento social no transporte”, diz uma nota enviada pelas empresas.
“Somado a tais fatores, as operadoras vêm igualmente arcando com os custos do aumento dos insumos, como o óleo diesel, que apenas nos primeiros três meses de 2021 sofreu aumento de cerca de 41%”.
Com isso, as empresas alegam que estão no limite e apontam esgotamento da capacidade econômico-financeira. “Não havendo mais recursos para o implemento de suas obrigações”. Segundo o documento, o poder público foi avisado dos déficits de caixa e que “a arrecadação é muito inferior ao necessário para a manutenção do sistema”.