Tem ficado cada vez mais difícil para o londrinense manter as contas em dia.
Empréstimo consignado, cartão de crédito com juros mensais a partir de 14% que podem ultrapassar 400% ao ano, são facilidades que podem desestruturar as finanças. Basta atrasar um mês, para que as contas fiquem impagáveis.
O Sistema de Proteção de Crédito (SPC) da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil) registrou aumento de 15% entre os consumidores que ficaram com o nome sujo na praça, no mês de maio, na comparação com maio do ano passado.
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Os dados também constataram que o índice de consumidores londrinenses que conseguiram renegociar as dívidas, deixando o cadastro da inadimplência, também foi 6% menor que o mesmo período de 2022.
De acordo com o economista Flávio Oliveira dos Santos, o processo de endividamento vem de longo prazo: “os aumentos são subsequentes, ano a ano. Isso ocorre porque as pessoas não tem capacidade de pagamento por conta de uma redução de renda ou renda instável. Isso faz com que as pessoas entrem pela porta do endividamento que são o cartão de crédito e o cheque especial”.
Flávio reforça que, atualmente, cerca de 77% das famílias brasileiras enfrentam algum tipo de endividamento.
Uma das alternativas pode ser o Desenrola Brasil, programa do Governo Federal anunciado pelo Ministério da Fazenda, para quem tem dívidas de até R$5 mil com os bancos e que podem ser parceladas em até 60x.
O benefício atenderá quem recebe até dois salários mínimos ou está cadastrado no Cadúnico.