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População em situação de rua cresce no Brasil; em Londrina perfil tem mudado

15/02/23 às 20:58 - Escrito por Redação Tarobá News
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A população de rua superou as 281 mil pessoas no Brasil em 2022. Isso representa um aumento de 38% desde 2019, após a pandemia de Covid-19. Essa é a conclusão de um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Em Londrina, a Secretaria de Assistência Social estima que há mil pessoas em situação de rua, mas a quantidade pode ser maior, já que também existem as pessoas em situação circunstancial de rua.


“São pessoas que têm sua residência e família, mas que vão para a rua para a compra e uso de substâncias”, disse a secretária de Assistência Social, Jacqueline Micali.


O estudo do Ipea alerta que o aumento de pessoas nas ruas no Brasil é muito maior em proporção do que o da população em geral. No período de dez anos, de 2012 a 2022, o crescimento desse segmento vulnerável foi de 211%. Segundo dados do IBGE, o aumento populacional brasileiro foi de 11% entre 2011 e 2021.

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Em Londrina, se antes era comum ver homens pobres e adultos pelas ruas, depois da pandemia o perfil mudou. A população de rua da cidade é formada por todas as camadas sociais, dos mais miseráveis aos mais abastados, incluindo mulheres, idosos e jovens. Muitos deles perderam renda, tiveram vínculos familiares fragilizados e buscaram o refúgio nas drogas, oferencendo mais resistência à oferta de acolhimento.


A Secretaria de Assistência Social desenvolve o trabalho chamado Trilha da Cidadania para o resgate e acolhimento da população de rua de Londrina. Como grande parte tem dependência química, o morador de rua tem que passar por tratamento e isso exige uma ação integrada com a Secretaria de Saúde.


Um dos serviços oferecidos pela secretaria é o Consultório na Rua, que conta com duas equipes multiprofissionais, uma de manhã e outra à tarde, para visitar diariamente pessoas em situação de vulnerabilidade social. Ao todo, são 800 pessoas cadastradas no serviço, e a maioria tem dependência química. Neste caso, elas são encaminhadas para outros serviços da rede como o Caps (Centros de Atenção Psicossocial).


A solução passa também pelo acesso a moradia. Quem não tem casa, vai morar na rua ou passa a ocupar imóveis abandonados, chamados de mocós, que tem sido outro problema crônico em Londrina.


A cidade tem 57 mil famílias inscritas na Cohab em busca de uma casa própria. A companhia estima que sete e quinhentas estão em ocupações irregulares. Com a atualização do cadastro, que está sendo realizada neste ano, os números podem ser ainda maiores.

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