Ela diz que dentro dos grupos há muito bullying de ordem emocional: "eles (os adolescentes) formam estes grupos, se unem, e o bullying - muitas vezes - é de ordem emocional. A criança agredida traz uma raiva dentro dela, uma angústia tão grande, e se ela não for assistida, ela vai extravasar de alguma forma."
Priscila ainda aponta que questões hormonais devem ser consideradas e que toda mudança de humor, ainda leves (como demonstrações prolongadas de silêncio, por exemplo) devem ser consideradas importantes e motivo de atenção para que os pais e responsáveis acendam um alerta e iniciem um processo de escuta e participação mais ativa na vida do adolescente.
"É importante ouvirmos esse adolescente. O que está acontecendo? Não deixar aquém. Não invalidar essa tristeza, não invalidar essa agressão. As manifestações dos adolescentes são maneiras pelas quais eles pedem socorro e quando nós invalidamos isso, eles tentam resolver com as próprias mãos."
Sobre as intervenções, a Psicóloga sugere palestras nas escolas, conversas com profissionais que os ouçam e os ajudem, além de monitoramento e observação constantes.