A Sercomtel Telefonia pretende reduzir em até 50% o quadro de funcionários com um, PDV, Plano de Demissão Voluntário aberto nesta segunda-feira (25). A informação foi confirmada em uma coletiva de imprensa que contou com o presidente do Conselho de Administração da Sercomtel, ex-ministro das Comunicações, Hélio Costa e o atual presidente da empresa, Márcio Tiago Arruda.
A empresa tem R$ 25 milhões em caixa para fazer os pagamentos das verbas indenizatórias e rescisórias de quem fizer a adesão. "Precisamos fazer uma restruturação democrática e respeitando os direitos dos trabalhadores. Nosso objetivo também é reter talentos que foram criados na empresa. Mas a reestruturação é importante nesse momento e acreditamos que o PDV é a forma mais amistosa de lidar com a demissão", apontou o presidente do Conselho de Administração da Sercomtel, ex-ministro das Comunicações, Hélio Costa.
"Nossa meta é deixar a empresa mais leve, com mais competitividade", disse Márcio Tiago, que também é diretor de Operações do fundo Bordeaux, que arrematou a empresa no leilão na bolsa de valores ano passado.
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Segundo o atual presidente, o plano é reduzir o efetivo de funcionários pela metade, mas há a possibilidade de mais adesão que o esperado. Ele conta que as condições são favoráveis e que o funcionário, dependendo do tempo de casa, pode receber entre 1 a 18 salários, como verba indenizatória. "A empresa sozinha, hoje, não é capaz de arcar com os problemas financeiros. A Sercomtel está no vermelho e se propõe a ser lucrativa. Para isso é preciso avaliar as gavetas onde os investimentos estão entrando. Esse é um movimento necessário".
Os próximos passos após o PDV, seria o investimento em malha técnica. A empresa não deve abrir mão de nenhum serviço, como telefonia fixa, celular ou banda larga. "Investimento na área técnica é fundamental. Senão não vamos conseguir competir com as concorrentes. Entre os investimentos está a oferta do 5G e para isso, a área técnica vai precisar de dinheiro. Esperamos que até dia 2 (de fevereiro) tenhamos mais da metade dos funcionários participando dessa proposta. O que vai garantir a expansão é o investimento", alertou Costa.
A Sercomtel, contratou ainda uma consultoria internacional para avaliar a situação da empresa, inclusive a parceria com a Copel Telecom. "Há estudos de quais serviços podem ser melhor executados fora da empresa, com custo benefício melhor. Há uma avaliação e renegociação de contratos atuais, inclusive de terceirização", concluiu Arruda.
"Apenas uma auditoria precisa pode levar a empresa a chegar a algum lugar", finalizou Costa.