Na tarde desta sexta-feira (19), em assembleia no Anfiteatro Cyro Grossi, no Campus da UEL, o Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão aprovou a suspensão do calendário acadêmico.
Em razão da pandemia, o ano letivo de 2022 terminaria em junho de 2023, mas com a suspensão do calendário, não há previsão de retorno das aulas. Isso irá depender de uma reunião do conselho, que só vai acontecer depois que a greve acabar. No entanto, somente as aulas dos cursos de graduação foram paralisadas. Mestrado, doutorado, especialização e residência seguem as aulas normalmente.
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O comando de greve reconhece que a suspensão pode afetar ainda mais o calendário acadêmico, mas defende que a greve é necessária.
O corpo docente da Universidade Estadual de Londrina está em greve desde o dia 8 de maio em resposta à falta de diálogo do governador Ratinho Jr. com a categoria. O reajuste de 5,79%, anunciado pelo governo do Paraná não agradou aos servidores, por não cobrir a defasagem salarial de 42% acumulada nos últimos sete anos.
Docentes UENP, Unioeste, Unespar, UEPG e UEM aderiram ao movimento na última semana. Os professores da Unicentro aprovaram a paralisação na última quarta-feira. Com isso, são cerca de oito mil professores universitários de braços cruzados no Paraná. O objetivo é que a pressão sobre o governo do Estado aumente e que isso abra caminho para uma negociação sobre a data base.