A secretaria de Assistência Social de Londrina afirma que acompanha de perto o caso das mulheres em situação de rua que acusam um policial militar de estupro. Conforme a secretária responsável pela pasta, Jacqueline Micali, ainda na quarta-feira (18), uma equipe esteve no mocó onde dois dos abusos teriam acontecido e conversou com as vítimas. Na tarde desta quinta-feira (19), a equipe deve retornar ao local acompanhada por outra da secretaria de Saúde.
"Nós temos três vítimas nesse caso. Uma seria trabalhadora do sexo e estava naquele momento fazendo um programa, outra que foi violentada em um dia em que estava lá, mas que tem um endereço fixo e a última que reside no espaço. A que fez a denúncia já é acompanhada por nós há algum tempo”, disse Micali.
A secretária afirmou ainda que o trabalho de recuperação de moradores de rua é desafiador porque muitos recusam atendimento da Prefeitura. O motivo seria o conjunto de restrições que abrigos impõem para acolhimento deles. Apesar disso, Micali alerta que não é porque a mulher está nesse tipo de ambiente que dá o direito de qualquer pessoa de agredi-la.
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"Não podemos tirá-la a força do espaço. Já tínhamos oferecido atendimento e continuaremos a acompanhá-la. Mas quero deixar bem claro que não podemos tornar a vítima uma vilã. As agresões na rua acontecem. O que estamos vendo hoje é um caso que ficou escancarado. Uma violência praticada por alguém que deveria exercer a proteção", apontou.
A Prefeitura de Londrina informou à Tarobá que equipes da Guarda Municipal continuam realizando o trabalho de fiscalização de mocós na cidade. Porém, não disponibilizou relatório recente dos espaços abandonados. Diversos mocós são observados facilmente na cidade. Muitos acabam virando espaços de consumo de drogas e prostituição.