Nós mostramos na quarta-feira (27), o caso da dona Elsa que aguarda há muito tempo por uma consulta por conta de fratura no quadril. A partir do caso dela, nós buscamos entender porque existe tanta demora para se conseguir uma consulta de alta complexidade na área de ortopedia pela SUS.
O primeiro passo para quem precisa de atendimento ortopédico pelo Sus é passar pelo Cisop, o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Paraná. Conseguir uma consulta aqui já não é uma tarefa fácil e para muitos não significa a solução do problema. No Cisop, são feitas apenas consultas de média complexidade. Cerca de 800 a 900 consultas por mês.
Depois de passar por essa etapa, se for constatado que o caso é grave e precisa ser levado a diante, o paciente tem que entrar numa outra fila para aguardar pela consulta de alta complexidade. Hoje em Cascavel, aguardando por isso existem 1131 pessoas. Quem distribui esses pacientes nos hospitais é a 10 regional de saúde, que lida não só com a demanda de Cascavel mas de várias cidades da região.
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Segundo o chefe da regional, 250 pessoas entram nessa fila diariamente. Para o secretário de saúde de Cascavel, o problema é que existem poucas vagas nos hospitais voltados para ortopedia.
Por exemplo, no caso da dona Elsa, que teve fratura no quadril, o tempo médio de espera não é nada animador. Em 2017, foram feitas apenas 3 consultas de alta complexidade no caso de quadril. Só nesta subespecialidade, existem 76 pessoas na fila e a dona Elsa está na posição 67.
O último paciente que foi atendido no caso de quadril estava aguardando desde 2014.