Jaguapitã, cidade que fica aproximadamente a 56 km de Londrina, apresentou um grande salto na curva de contaminação por coronavírus. Segundo as estatísticas da Secretaria Municipal de Saúde, a cidade tinha 145 casos no dia 28 de julho e, nesta terça-feira (04), uma semana depois, chegou a 413.
O número de casos confirmados aumentou 185% entre as duas datas, ou seja, quase triplicou em apenas sete dias. Segundo o secretário de saúde da cidade, Claudio Miguel Ferreira, 202 casos contabilizados nos últimos dias vieram da testagem do abatedouro, o que explica parte do número de contaminação da cidade.
A cidade, que tem cerca de 13.620 habitantes, conforme Censo Demográfico de 2019 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), tem parte da economia voltada para os abatedouros. Recentemente, uma das duas empresas do ramo na cidade, que emprega trabalhadores de Jaguapitã e cidades da região, precisou fazer uma testagem em massa em um setor do turno da noite.
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Com seis óbitos em decorrência do novo coronavírus, a cidade tem apostado na restrição de bares e lanchonetes e em mensagens de prevenção através de carros de som para enfrentar a pandemia.
De acordo com o secretário, as aglomerações ocorrem principalmente em mercados e bancos, que, afirma, já foram notificados pela fiscalização. Além da Vigilância Sanitária, o município também investiu em uma empresa terceirizada para auxiliar nas denúncias.
Segundo Ferreira, a Secretaria Municipal de Saúde estuda com a prefeitura ações mais rígidas para conter o avanço da Covid-19 em Jaguapitã. “A postura da população tem muito a melhorar. Tem que ter isolamento, [mas] recebemos denúncias de festas e churrascos”, diz o secretário.
Jaguapitã não tem leitos hospitalares e os casos graves de Covid-19 são encaminhados para Londrina, Arapongas ou Apucarana. Os pacientes de menor gravidade são orientados a permanecer em isolamento social em casa e recebe acompanhamento dos agentes de saúde.