A fila de espera para quem precisa realizar uma cirurgia eletiva no Paraná é de aproximadamente 120 mil pessoas. Durante os últimos dois anos, os procedimentos foram suspensos, por conta da pandemia, devido à falta de leitos e insumos hospitalares.
Desde outubro do ano passado, as cirurgias foram retomadas, mas a grande maioria ainda não tem data para acontecer. Esse é o caso da Luana que tem prolapso da bexiga, mais conhecido como "bexiga caída" e sofre com incontinência urinária. O caso tem indicação cirúrgica atestada por laudo médico, com pedido de prioridade. Desde de fevereiro de 2020, ela deu entrada para realizar o procedimento, mas até hoje, nem uma consulta foi realizada.
Além dos problemas causados pela pandemia, em outubro do ano passado, houve mudança na gestão das cirurgias eletivas. O Cismepar, que é o Consórcio de Saúde dos Municípios, fazia os encaminhamentos dos pacientes atendidos na região, e hoje não faz mais parte desse processo. A 17ª Regional de Saúde é quem coordenada toda a demanda.
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A informação da 17ª Regional é de que além da demanda reprimida, muitos servidores da saúde estão afastados, o que também tem afetado ainda mais a realização das cirurgias.
O governo do Estado anunciou um investimento de mais R$ 150 milhões em 2022 para ampliação de cirurgias eletivas, e com isso diminuir a fila de espera.
No caso da Luana, a 17ª Regional de Saúde informou que será agendada uma consulta para a paciente, para na sequência realizar a cirurgia. Por enquanto, não há uma data definida.