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Com filho internado há 11 dias na UPA, professor faz desabafo

16/03/18 às 07:42 - Escrito por Redação Tarobá News
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O professor e diretor do Colégio Estadual Júlia Wanderley Rosimar Baú usou as redes sociais na tarde de ontem (15), para fazer um desabafo e pedir ajuda para o filho que somando hoje (16), está a 12 dias internado na Unidade de Pronto Atendimento do bairro Brasília. O servidor público não conseguiu esconder a frustração com a classe política e pediu solução para o impasse que envolve a saúde do filho que sofre de esquizofrenia. 

O professor demonstrou descontentamento com a condução da saúde no estado do Paraná e assim como a maioria da população pede providências o mais breve possível para a solução do caos na saúde. 

Confira a transcrição do áudio divulgado nas redes sociais: 

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“Estou  gravando essa mensagem no sentido de apelar aos senhores para a situação que nós estamos vivenciando. Estou na UPA do bairro Brasília a 11 dias  internado com meu filho esperando por uma vaga em um hospital, através da central de leitos do estado e até agora nada. Inclusive pedi apoio com intervenção da Promotoria de Justiça e mesmo assim a vaga não sai. O meu filho tem 16 anos é menor de idade  e por si só tem alguns direitos que sempre são pregados pela legislação e defendidos por muitos dos senhores. O que vai ser feito? Teremos que chamar a imprensa toda pra mostrar o descaso com esse adolescente? Eu não sei se vocês conhecem a UPA do Brasília, em Cascavel? Ou talvez vocês nem conheçam o  Colégio Estadual Júlia Wanderley aonde eu trabalho. A minha esposa  também é funcionária pública e o meu questionamento e que me faz refletir muito - se eu e minha esposa, que temos formação  e até a princípio pensávamos que éramos entendedores de algumas situações passamos por esse descaso do serviço público do estado do Paraná. O que está sendo feito com o povo paranaense? É por isso que tenha tanta gente aí descrédula, morrendo nas UPA’s do estado todo.”   

O áudio foi enviado em um grupo que o próprio docente, indignado criou para que autoridades e políticos se sensibilizarem com o problema que a família tem vivido, bem como garantir o direito básico à saúde digna. 

“ Eu não sei quem dos senhores terá tempo de talvez ver o meu caso ou como muitos de vocês que já saíram do grupo onde eu acrescentei porque, com certeza não estão querendo ouvir balelas. Bem senhores, eu estou a 11 dias na UPA do Brasília esperando a boa vontade do governo do estado  e daqueles que se dizem responsáveis pela saúde pública ´para arrumar uma vaga para meu filho para que possa ser cuidado, internado dignamente como prevê a lei, mas até agora, nada,”diz o trabalhador.   

Baú também teceu críticas a 10ª Regional de Saúde que para ele tem se mostrado insensível com os problemas que assolam a saúde Cascavelense. 

“Não tem onde recorrer no estado do Paraná, porque na 10ª Regional de Saúde em Cascavel você não é atendido, um passa pro outro, ninguém sabe de nada. Onde estão os nossos direitos? Eu tenho 49 anos de idade, nunca precisei do serviço público de saúde, e agora que estou precisando é isso que nós estamos recebendo. Manifesto aqui a minha indignação, manifesto aqui o meu repúdio e manifesto também o meu pedido para que alguém dos senhores avaliem esse caso pois está insustentável por ser um adolescente nós pais temos que permanecer 24 horas com ele no hospital. Estamos deixando de trabalhar, estamos deixando de lado os nossos compromissos e a 11 dias o estado diz que não há vagas. Eu estou aqui sentado ao lado do meu filho esperando pela boa vontade dos senhores  políticos para que arrumem uma vaga para ele num hospital sendo que a constituição  garante a saúde como direito”, completou.          

Na tarde de ontem o vereador Fernando Hallberg denunciou a demora para a transferência de pacientes das UPAs a leitos hospitalares em Cascavel.

De acordo com ele, todos os pacientes recebem autorizações, chamadas AIHs, para que consigam leitos. Cascavel tem capacidade para 1780 AIHs, mas utiliza apenas 1324.

O vereador reivindica que há autorizações sobrando, e que o problema é da 20ª Regional de Saúde.

Enquanto isso, os pacientes aguardam nas Unidades de Pronto Atendimento.

Inquérito deve investigar irregularidades na distribuição de leitos




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