Em um sistema de saúde, com serviços insuficientes à população atendida, um dado é alarmante: cerca de um terço de todos os pacientes que marcam consultas nas Unidades Básicas de Londrina, não comparece e não avisa. Prejuízo para a própria fila de espera, já que o médico acaba não preenchendo o horário com outra pessoa.
No primeiro semestre, só no Posto do Jardim Marabá, mais de 1400 pessoas não foram para as consultas que estavam agendadas: com o clínico geral eram 3600 vagas e quase 1200 pacientes não compareceram.
Para tentar conscientizar a população, um balanço é fixado em cartaz todos os meses. A realidade na UBS do Marabá traz à tona um grave problema no sistema de saúde da cidade. Em toda a rede cerca, de 30% das consultas não chegam a acontecer porque o paciente falta, o que atrapalha a agenda de quem precisa do atendimento.
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Em Londrina são 54 unidades básicas e em todas há uma classificação de risco. Casos mais graves são atendidos pelo médico no dia ou na semana. Já consultas eletivas podem demorar meses. O secretário admitiu que tantas faltas podem estar relacionadas com a demora da fila de espera, mas de acordo com ele, os pacientes costumam ser relembrados dos horários.
O Secretário Felippe Machado explicou que a informatização vai trazer um maior controle nas unidades, o que pode ajudar. Mil computadores estão em instalação e, até o fim do mês, uma licitação para a compra de um software vai ser aberta.
Reportagem: Heloísa Pedrosa